Abstract (EN):
Antes da década de setenta do século passado a génese da grande maioria dos jazigos metálicos
era interpretada como ligada ou dependente de processos magmáticos. Ou seja a génese
das concentrações era interpretada como resultante da cristalização directa de um magma
e/ou de fluidos hidrotermais também eles derivados de processos de diferenciação magmática
(fluidos magmáticos). Hoje está estabelecido que outros processos, além dos puramente
magmáticos, podem ser responsáveis pela formação de jazigos endógenos ou hipogénicos.
As causas principais para a deposição dos minérios são mecanismos de precipitação que
não são só devidos a simples diminuição de temperatura (T) e pressão (P). A miscibilidade e
imiscibilidade de fluidos e as reacções químicas entre fluidos e rochas têm papel importante.
Em geral, os processos magmáticos e hidrotermais, associados à instalação de intrusões
magmáticas, são distintos, mesmo quando ocorrem no mesmo local. A transição entre a
etapa magmática e a etapa hidrotermal é classicamente considerada como descontínua e a
sua sucessão desempenha um papel essencial na concentração de elementos tais como o W,
Sn, Li, Cu, Au e Mo.
As fontes das soluções a partir das quais se formam os jazigos hidrotermais podem ser
tão variadas como o são as águas naturais actuais, isto é, a origem dos fluidos hidrotermais
(s.l.) pode ser muito distinta.
Pretendemos, com esta contribuição, dar uma achega acerca do encadeamento de processos
que condicionaram a génese de jazigos ligados a granitos e em particular os jazigos
filonianos hidrotermais e aplitopegmatíticos usando como exemplo o norte de Portugal.
Language:
English
Type (Professor's evaluation):
Scientific
License type: