Doutorado em Física distinguido com Prémio Fernando Bragança Gil 2012

Sociedade Portuguesa de Física atribuiu prémio a Orlando Frazão

Orlando Frazão, 42 anos, doutorado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), investigador da FCUP e do INESC TEC (INESC Tecnologia e Ciência) foi galardoado com Prémio Fernando Bragança Gil 2012 pela Sociedade Portuguesa de Física. Com este prémio, o Orlando Frazão é distinguido pela melhor tese de doutoramento em Física realizada em Portugal em 2009 e 2010. A dissertação que valeu o Prémio Fernando Bragança Gil 2012 a Orlando Frazão, contribuiu para o desenvolvimento de sensores baseados em fibras cristais fotónicos. O trabalho do investigador foi pioneiro em Portugal na aplicação destas estruturas como elemento sensor. Em 2008, publicou o primeiro artigo de revisão nesta área na revista LASER & PHOTONICS REVIEWS, merecendo mesmo destaque de capa. Orlando Frazão publicou ainda mais dois trabalhos na revista de divulgação "PHOTONIC SPECTRA". Durante o Doutoramento, Orlando Frazão publicou cerca de 30 artigos em revistas internacionais e venceu, em 2007, um Best Student Paper numa das mais importantes conferências da área. Atualmente conta com mais de 200 artigos em revistas internacionais, com mais de 1000 citações (ISI). Intitulada "Sensores em Fibra Ótica baseados em interferometria e efeitos não-lineares", a dissertação de Doutoramento de Orlando Frazão foi defendida na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 4 de dezembro de 2009, sob a orientação do Professor José Luís Santos (Professor Catedrático do Departamento de Física e Astronomia da FCUP). O Prémio Fernando Bragança Gil é atribuído bianualmente pela Sociedade Portuguesa de Física à melhor tese de doutoramento em Física, defendida numa universidade portuguesa. Orlando Frazão licenciou-se em Engenharia Física (Optoeletrónica e Eletrónica) pela Universidade de Aveiro e doutorou-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 2009. Entre 1997 e 1998 trabalhou no Instituto de Telecomunicações em Aveiro e atualmente é investigador sénior na Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE) do INESC TEC, Laboratório Associado coordenado pelo INESC Porto). Orlando Frazão publicou já cerca de 300 artigos, principalmente em revistas internacionais e proceedings de conferências. Os seus interesses de investigação incluem sensores de fibra ótica e comunicações óticas. O investigador é membro sénior da SPIE (Sociedade Internacional da Ótica e Fotónica) e diretor da SPOF (Sociedade Portuguesa para a Investigação e Desenvolvimento em Óptica e Fotónica).

Fale-me um pouco do seu trabalho? Como investigador, estou a trabalhar na área dos sensores em fibra óptica. Durante o meu doutoramento explorei três áreas distintas no campo dos sensores. A minha contribuição, é sobretudo no estudo e desenvolvimento de sensores em fibras cristais fotónico. Estas novas fibras apresentam características e propriedades únicas no campo das aplicações. Uma dessas propriedades é no desenvolvimento de sensores para medição de parâmetros físicos, químicos ou biológicos com insensibilidade à temperatura. Atualmente pretendo trabalhar em sensores em fibra à escala nanométrica com aplicações na área da medicina e do ambiente. Para atingir este objetivo estou a formar uma nova equipa de jovens investigadores (estudantes de mestrado e de Doutoramento) no INESC Porto com a parceria do Departamento de Física e Astronomia da FCUP. Se lhe pedisse para se auto-descrever utilizando apenas 5 palavras, quais é que escolheria? Cientista, bem disposto, positivo, sonhador e alegre. "FCUP: 101 anos. Compromisso com o Futuro", qual a mensagem que gostaria de transmitir? Apesar do que possa acontecer em Portugal. A universidade do Porto continuará a existir como uma universidade de topo a nível internacional e será sempre a melhor do País.

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