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Mensagem de boas-vindas (2014-2018)

A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto é uma das mais recentes unidades orgânicas da Universidade do Porto, constituída em 1996, tendo adotado a designação atual em 1999. A Faculdade desenvolveu-se a partir do Curso de Nutricionismo da Universidade do Porto, criado em 1976, momento em que o Porto mostrou a sua visão e pioneirismo, inovando no ensino universitário da nutrição para a formação de nutricionistas na Península Ibérica e na Europa, com a criação do primeiro curso universitário do país (Curso Superior de Nutricionismo da Universidade do Porto) e com um profundo impacto dos nutricionistas na saúde. Mais do que ser a única Faculdade pública nacional a conferir o grau de licenciado em Ciências da Nutrição, a FCNAUP é uma instituição que, pela sua idade e experiência, beneficia de património humano inigualável que liga a instituição ao país e aos vários continentes onde atualmente desenvolve ensino, investigação e ação comunitária, desde África à Ásia. Consciente desse património, a FCNAUP procura integrar os estudantes na instituição para que possam ser os melhores embaixadores da sua Alma Mater, e muitas vezes, na sua vida ativa, como alumni, acabam por se tornar parceiros externos de grande valia, e atestam a qualidade da nossa instituição. No contacto com os nossos antigos estudantes, vivemos intensamente, com muito orgulho, os seus sucessos pessoais e profissionais, no país e no Mundo.



Dada a reconhecida qualidade dos seus cursos (acreditados pela A3ES no máximo período possível), que contribuem para a capacitação no mercado de trabalho, a FCNAUP é procurada por estudantes e investigadores das mais diversas partes do mundo, representando uma excelente oportunidade para um contacto com especialistas muito diferenciados nos diferentes domínios que compõe as ciências da nutrição, beneficiar da integração em projetos inovadores e da aquisição de saberes para a melhor prática profissional, forte treino científico, e uma atitude compatível com as mais fortes exigências nacionais e internacionais.


A relevância, qualidade e impacto da formação e investigação cresceram de forma exponencial e atingiram níveis dos mais altos de sempre; com indicadores de impacto de publicação científica conhecidos, usando categorias ESI, da produção científica da U.Porto classificada em Agricultural Sciences, por Faculdade (Fontes: ISI-WoS e InCites), que mostram os documentos no Top 10%, a FCNAUP ocupa o 3º lugar da UP neste exigente índice e domínio específico (expande a clássica Clinical Medicine), mesmo não havendo ajuste para a dimensão do seu corpo docente.


À elevada diferenciação do seu corpo docente, a FCNAUP junta uma forte ligação às instituições, grupos de investigação nacionais e internacionais, e instituições às quais presta serviços assegurando investigação, desenvolvimento e inovação em diversas áreas onde se incluem, entre outras, a clínica, a saúde comunitária, a indústria e o setor agroalimentar, o desporto, a restauração, e a alimentação nos municípios. E para melhor cumprir a sua Missão, a FCNAUP prepara e estabelece protocolos de cooperação para a realização de estágios académicos, formação avançada ou investigação com os principais Centros Hospitalares Universitários do País e com o Instituto Nacional de Saude Dr. Ricardo Jorge, e prepara novos cursos, em colaboração com instituições nacionais e internacionais de referência nas suas áreas de atividade, da gastronomia à gestão de negócios em Alimentação.



No momento atual, as instituições são também desafiadas a modificar a forma como transferem e criam o conhecimento, e a reavaliar o modo como gerem a aprendizagem. Na inovação pedagógica a FCNAUP procura privilegiar a atividade e responsabilidade do estudante na aprendizagem, estimulando a autonomia e aprendizagem ativa, perspetivando que no futuro, a aprendizagem será facilitada pela existência de um mapa curricular (com os principais objectivos de aprendizagem e as respetivas relações entre eles identificadas), maiores recursos de aprendizagem guiada, mais oportunidades para colocar questões a especialistas, mais trabalho independente e colaborativo, aproveitando mais as plataformas, ferramentas e tecnologias de informação e comunicação (TIC). Aliás, os números já traduzem a dinâmica da FCNAUP, ao divulgarmos a UPorto como a instituição portuguesa com maior número de inscritos nos cursos online na MiriadX (um agregador de MOOCs, com 1242 Universidades Ibero-americanas), e de 9326 incritos de todo o mundo em 2 cursos da UPorto, 8549 increveram-se em 2 edições de um curso da FCNAUP.


No seu papel de produção de conhecimento, entramos também numa nova era, em que a investigação em nutrição é cada vez mais multidisciplinar, com foco translacional, para chegar a visões holísticas capazes de dar resposta às complexas questões da saúde. Nas instituições, como a nossa, com cariz de research university, a qualidade pode aferir-se também através de vários indicadores como a produção de publicações e patentes, e muito especialmente através da atribuição do grau de Doutor. Com esta vantagem, espera-se que a academia contribuia para a desejada resposta em múltiplas questões essenciais, tirando vantagem de técnicas emergentes, como a capacidade de análise de milhões de dados (“big data”) de coortes, biobancos, variantes genéticas, e milhares de variáveis, desde o ambiente físico ao ambiente fetal, aos dados clínicos e farmacológicos, ao metaboloma alimentar e padrões de ingestão; e nesta técnica incorporar dados de nutrição personalizada (onde se inclui o microbioma intestinal), sustentabilidade, preferências alimentares étnicas e geográficas. Neste contexto, o contributo da investigação doutoral continuará a ser determinante na FCNAUP para a produção de conhecimento nas ciências da nutrição, e para o normal crescimento, transformação e expansão das atividades dentro da profissão de nutricionista.


É neste caldo de intermináveis desafios que repensamos continuamente o caminho que escolhemos, inspirados pelo ostinato rigore de um Ensino exigente e diferenciado para lidar com estudantes de insaciável curiosidade, e com a gestão das emoções de uma “inatingível perfectibilidade”, maravilhados com o encanto da Educação: “não ser nunca obra acabada” (João Lobo Antunes). 



Porto, 20 de fevereiro de 2018



Pedro Moreira

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