| Código: | CN31001 | Sigla: | ALIHUM |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Ciências da Saúde |
| OFICIAL | Ciências Naturais |
| Ativa? | Sim |
| Página Web: | http://moodle.up.pt/course/category.php?id=141 |
| Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Ciências da Nutrição |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| CNUP | 87 | Plano oficial | 2 | - | 5,5 | 56 | 148,5 |
Os objectivos da formação a obter com a disciplina de Alimentação Humana, são: - Adquirir saberes no domínio da regulação da ingestão e do peso corporal através de factores nutricionais, alimentares, comportamentais, sócio-económicos, culturais e demográficos; - Adquirir saberes no domínio dos padrões alimentares existentes em Portugal e diferentes partes do Mundo, do ponto de vista sócio-cultural, alimentar, nutricional e sanitário; - Adquirir saberes no domínio das particularidades biológicas e nutricionais no estado adulto e em situações fisiológicas especiais, nomeadamente grávidas e aleitantes, e idosos; - Adquirir saberes no domínio das particularidades biológicas e nutricionais de desportistas; - Adquirir saberes no domínio da informática como banco de dados e como ferramenta para formular planos alimentares; - Desenvolver competências que possibilitem calcular necessidades nutricionais e energéticas de acordo com os vários períodos do ciclo da vida (após idade pediátrica), a gravidez e o aleitamento, as actividades profissionais e de lazer, a idade, o sexo, o estilo de vida, e o clima; - Desenvolver competências que possibilitem o registo de planos alimentares utilizando formatos, linguagem e termos que sejam claros e facilmente perceptíveis pelos indivíduos a que se destinam, e a outros indivíduos, profissionais de saúde ou não, que possam necessitar de aceder a essa informação. E os objectivos da disciplina relacionados com o desenvolvimento de um espírito de intervenção crítica, são: - Desenvolver competências que possibilitem reconhecer o valor nutricional e sócio-cultural de alimentos e bebidas para os integrar em diferentes conjuntos alimentares, consoante as características do indivíduo ou do grupo populacional; - Formular ementas nutricionalmente adequadas para os vários períodos do ciclo da vida (após idade pediátrica), gravidez e aleitamento, e prática desportiva, segundo actividades profissionais e de lazer, preferências individuais, práticas religiosas e culturais, clima e estilo de vida. - Interpretar informações sobre a ingestão nutricional e alimentar, em relação aos objectivos e preferências dos indivíduos, e produzir modificações de acordo com as actividades profissionais e de lazer, idade, sexo, estilo de vida, e clima; - Trabalhar em grupo para planear, implementar e rever ementas para indivíduos ou grupos; - Comunicar de forma efectiva com os indivíduos e grupos, utilizando diferentes estratégias, incluindo as tecnologias de informação e comunicação, de modo a que estes possam ter uma escolha informada sobre a sua alimentação. Tendo por referência os princípios e os objectivos atrás enunciados, a disciplina estrutura-se em torno de temáticas e conteúdos que permitam ao estudante: - Compreender a importância da alimentação como parte integrante da promoção de saúde e prevenção da doença, e a diminuição da mortalidade e morbilidade através da manipulação da alimentação, durante o ciclo de vida e em situações fisiológicas particulares; - Analisar criticamente a alimentação de um indivíduo ou grupos de indivíduos ao longo do ciclo de vida e em situações fisiológicas especiais; - Situar-se face a diferentes padrões de alimentação saudável; - Compreender a importância de múltiplos factores, incluindo culturais, psicossociais, económicos, nutricionais, alimentares, conhecimentos, de saúde e estilo de vida, na alimentação; - Perspectivar papéis do nutricionista como especialista para planear a ingestão alimentar de indivíduos, ao longo do ciclo de vida e em situações fisiológicas especiais.
Reconhecemos na disciplina, que os propósitos da educação e formação contemplam produzir aprendizagem, e tornar os estudantes mais autónomos e capazes de agir, e de desenvolver processos de aprender a aprender ao longo da vida, o que obriga a que a essa formação se associe algo que ultrapasse a mera transmissão e acumulação de conhecimentos, e dê sentido à aprendizagem. Por isso, a formação procura articular o conhecimento com a sua utilidade humana e social, incorporando processos de leitura crítica das situações individuais e populacionais. A abordagem tradicional no desenho de programas consistia em partir dos conteúdos do curso, cabendo aos docentes o papel de decidir sobre os conteúdos que pretendiam ensinar, planear como o fazer, e depois avaliar os conteúdos. Esta perspectiva privilegiava o “input” do docente e a avaliação sobre a forma como os estudantes absorviam bem o material ensinado. Como resultado, as descrições dos cursos enfatizavam sobretudo os conteúdos que seriam cobertos pelos cursos e, muitas vezes, era difícil identificar com precisão o que o estudante deveria ser capaz de fazer para ter aproveitamento na disciplina.
as competências que a disciplina de Alimentação Humana pretende desenvolver nos estudantes, relativamente aos seguintes domínios: conhecimento e compreensão; aplicação do conhecimento e compreensão adquiridos; avaliação crítica das situações e tomada de decisão; comunicação, literacia e domínio das novas tecnologias; e autonomia e trabalho em equipa.
A. Conhecimento e compreensão:
- Conhecer a estrutura e as funções metabólicas dos nutrimentos bem como de outros constituintes alimentares;
- Conhecer as fontes alimentares de nutrimentos, assim como de outros constituintes alimentares, nomeadamente os biologicamente activos, toxinas e anti-nutrimentos;
- Compreender a digestão de alimentos, absorção, metabolismo e excreção de nutrimentos e de outros constituintes alimentares;
- Compreender o tipo, magnitude e determinantes das necessidades nutricionais, ao longo da vida e em situações fisiológicas particulares;
- Compreender o papel da alimentação, alimentos, nutrimentos e suplementos na manutenção da saúde e na prevenção ou causa de doenças ou disfunções ao longo do ciclo de vida e em situações fisiológicas particulares;
- Conhecer a fisiologia e bioquímica nutricionais, nomeadamente quanto ao Controlo da ingestão e das escolhas alimentares, balanço energético, exercício físico, fertilidade, reprodução e lactação.
B. Aplicação do conhecimento e compreensão adquiridos:
- Saber aplicar métodos de recolha e interpretação de informação acerca da ingestão alimentar, do estado nutricional, balanço energético e composição corporal e acerca das interacções entre alimentação e saúde, e doença;
- Ser capaz de recolher, registar, analisar, interpretar e reportar dados analíticos na área das ciências da nutrição usando métodos apropriados;
- Ser capaz de aplicar os métodos de análise química, nutricional, microbiológica e sensorial dos alimentos;
- Saber planear e implementar ementas adaptadas às diferentes circunstâncias no ciclo de vida e em situações fisiológicas especiais;
- Ser capaz de participar no planeamento de programas de intervenção comunitária na área da alimentação/nutrição;
- Ser capaz de participar no planeamento de políticas que integrem as questões alimentares/nutricionais e suas relações com a saúde pública;
- Ser capaz de promover acções de educação e formação acerca de alimentos, nutrimentos e interacções entre alimentação e saúde dirigidas à população em geral e/ou a grupos específicos; e
- Ser capaz de participar no planeamento e implementação de projectos de investigação na área das ciências da nutrição e alimentação.
C. Avaliação crítica das situações e tomada de decisão:
- Reconhecer métodos de recolha e interpretação de informação acerca da ingestão alimentar, do estado nutricional, balanço energético e da composição corporal e acerca das interacções entre alimentação e saúde;
- Reconhecer a influência dos factores económicos, sociais, culturais políticos e comportamentais sobre o fornecimento, escolha, acesso e consumo de alimentos; e
- Saber formular ementas nutricionalmente adequadas e adaptadas aos vários períodos do ciclo de vida, às actividades profissionais e de lazer, ao exercício físico, ao estilo de vida e ao clima.
D. Comunicação, literacia e domínio das novas tecnologias:
- Ser capaz de comunicar de forma eficaz e apropriada à população em geral e/ou a grupos específicos sobre alimentação e nutrição;
- Capacidade de elaborar relatórios científicos/técnicos e de os apresentar de forma oral ou escrita,
- Capacidade de utilizar, de modo efectivo as tecnologias de informação e comunicação;
- Capacidade de procurar e utilizar bibliografia assim como outras fontes de informação técnica; e
- As anteriores numa segunda língua.
E. Autonomia e trabalho em equipa:
- Desenvolver as capacidades necessárias para gerir a aprendizagem ao longo da vida.
- Identificar e trabalhar de acordo com objectivos pessoais, académicos, institucionais e nacionais.
- Desenvolver uma abordagem flexível, adaptável e eficaz ao estudo e trabalho.
- Reconhecer e respeitar a opinião e perspectivas dos membros da equipa, e ter capacidade de negociação.
- Avaliar o desempenho como indivíduo ou membro da equipa; colaborar na avaliação do desempenho inter pares.
- Desenvolver capacidade de apreciar a natureza interdisciplinar das Ciências da Nutrição e Alimentação, e de validar os diferentes pontos de vista.
Reconhece-se que, na perspectiva dos “empregadores”, as principais competências procuradas e que a disciplina poderá também ajudar a desenvolver incluem:
- As de ordem intelectual, como a capacidade para analisar, avaliar, e sintetizar, e reflectir de forma crítica, para identificar e resolver problemas; recolher e organizar a informação; e “numeracia” (interpretar dados estatísticos);
- As de comunicação (escrita e oral);
- As de organização, como trabalhar de forma independente, e gerir o tempo, os recursos e projectos;
- As interpessoais, como o trabalho em equipa; trabalhar com pares e motivá-los, e ter capacidades de liderança, flexibilidade e adaptabilidade;
- As interculturais, percebendo outras culturas e ser capaz de trabalhar num contexto de ambiente intercultural;
- As de investigação;
- As de “literacia de computadores”; e
- As de utilizar, pelo menos uma, língua estrangeira.
- Introdução ao estudo da alimentação - Factores nutricionais, alimentares e do comportamento alimentar, e outras condições ambientes que interferem na regulação da ingestão e do peso corporal. - Relações entre alimentação, e desenvolvimento e saúde. Situação alimentar em Portugal e no Mundo. Práticas alimentares correntes em Portugal, erros alimentares mais graves e situação sanitária decorrente. - Alimentação e saúde - Caracterização social, alimentar, nutricional e sanitária dos grandes padrões alimentares inadequados: de fome endémica, ocidental, suburbano pobre e de cafetaria. Características comuns aos padrões alimentares das sociedades de consumo e evolução histórica da comida moderna; seus excessos e desequilíbrios. Ênfase sobre papel de alimentos processados e alimentação extradomiciliária. Comparação de valor entre comidas modernas e seus arquétipos. - Patologia decorrente da alimentação ocidentalizada; caso paradigmático das relações entre alimentação e cancro. - Alimentação Mediterrânica, paradigma de alimentação saudável empírica. - Alimentação vegetariana e macrobiótica. - Alimentação saudável: conceito, história, definição actual. Caracterização alimentar, nutricional e sanitária da alimentação saudável de adultos. - Alimentação saudável em situações particulares - Particularidades biológicas, alimentares e nutricionais de grávidas e aleitantes. Recomendações nutricionais e alimentares. - Particularidades biológicas, alimentares e nutricionais de idosos. Recomendações alimentares e nutricionais. - Particularidades fisiológicas e comportamentais de desportistas. Necessidades nutricionais e alimentares específicas de desportistas. Recomendações alimentares e nutricionais para desportistas.
Na disciplina procuramos fornecer aos estudantes, os instrumentos que lhes permitam saber alimentar para nutrir saudavelmente, o que envolve a aplicação da ciência e arte de nutrição, ajudando o indivíduo a seleccionar alimentos com o objectivo principal de o nutrir na saúde e no ciclo de vida. Relativamente aos métodos de ensino-aprendizagem , enquanto as sessões teóricas focam mais os aspectos de informação, privilegiando o método expositivo em sessões de tipo “lectures”, as sessões práticas privilegiam a discussão iniciada através de diverso “material de estímulo”, em diversos planos, incluindo os tipos “one-to-one”, “brainstorming”, e análise e resolução de problemas. As línguas utilizadas na disciplina, incluindo na avaliação, podem ser o português e o inglês.
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Exame | 85,00 |
| Trabalho escrito | 15,00 |
| Total: | 100,00 |
Assiduidade conforme Regulamento Académico da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Na disciplina, os estudantes podem optar por um formato de avaliação distribuída (contínua) ou exame final. A avaliação contínua inclui: 1 mini-teste escrito que pode ser realizado no dia previsto para o exame em época normal; e a resolução de exercícios, realização de trabalhos, observação directa dos estudantes nas sessões, e a realização ou frequência de actividades seleccionadas pelos docentes. Por motivos que se relacionam com as condições de gestão de tempo em tarefas docentes e a necessidade de ter um formato prático de avaliação, não se pode faltar ao exame escrito para o modo de avaliação distribuída, nem obter nesta prova uma classificação inferior a 45,0% (sem arredondamentos) do máximo previsto nesse teste. As questões no exame escrito podem ser de resposta de escolha múltipla, completar frases, verdadeiro ou falso, ou resposta alargada e ou limitada. Na avaliação distribuída, a classificação do exame será adicionada à classificação anterior de avaliação distribuída (correspondente à componente “apresentação oral de trabalho monográfico, resolução de exercícios ou realização de trabalhos, e observação directa dos estudantes nas sessões”, a valer até 3,0 valores), e a classificação que venha a obter no EXAME neste modelo valerá até 17,0 valores. O desejo do estudante para considerarmos o modelo de avaliação atrás descrito [(classificação total = parte da avaliação distribuída (até 3,0 valores) + exame (até 17,0 valores)], deverá ser manifestado por escrito, em folha individual com o nome e assinada, a entregar pelo próprio estudante no dia/hora marcada para o exame, instantes antes de o iniciar ou ler o enunciado do exame; após iniciado o exame, se não o tiver feito antes, não é possível optar pelo modelo atrás descrito e a classificação a atribuir é exclusivamente a que venha a ser obtida no exame (até 20 valores). Em alternativa, podem preferir a classificação obtida no exame sem considerar a avaliação distribuída, que assim valerá até 20 valores. Após iniciado o exame, se não o tiver feito antes, não é possível optar pelo modelo atrás descrito e a classificação a atribuir é exclusivamente a que venha a ser obtida no exame (até 20 valores).
Caso o estudante deseje, e tenha obtido aprovação através de avaliação distribuída, é permitida a realização de exame para melhoria de classificação, considerando a sua classificação anterior de avaliação distribuída (correspondente à componente “apresentação oral de trabalho monográfico, resolução de exercícios ou realização de trabalhos, e observação directa dos estudantes nas sessões”, a valer até 3,0 valores), e a classificação que venha a obter no EXAME que neste modelo passará a valer até 17,0 valores. O desejo do estudante para considerarmos na melhoria, o modelo de avaliação atrás descrito [(classificação total = parte da avaliação distribuída (até 3,0 valores) + exame (até 17,0 valores)], deverá ser manifestado por escrito, em folha individual com o nome e assinada, a entregar no dia/hora marcada para o exame, instantes antes de o iniciar ou ler o enunciado do exame; após iniciado o exame, se não o tiver feito antes, não é possível optar pelo modelo atrás descrito e a classificação a atribuir é exclusivamente a que venha a ser obtida no exame (até 20 valores). Em alternativa, podem preferir a classificação obtida no exame sem considerar a avaliação distribuída, que assim valerá até 20 valores. Após iniciado o exame, se não o tiver comunicado antes por escrito, não é possível optar pelo modelo atrás descrito e a classificação a atribuir é exclusivamente a que venha a ser obtida no exame (até 20 valores).
Atendimento em gabinete virtual (tópicos de discussão do Moodle) e no gabinete 341A, 6ª feira, 14-17h