Código: | AE311 | Sigla: | AE |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Artes Plásticas/Escultura |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Artes Plásticas |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Artes Plásticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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AP | 24 | Plano de estudos oficial 2011 | 3 | - | 4,5 | 64 | 121,5 |
Contexto geral da Unidade Curricular
Consolidar e focalizar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos nos anos anteriores, no âmbito da escultura, trabalhando especificamente a intervenção no espaço e a construção de volumes/volumetrias a partir do espaço, em consequência de uma prática projectual. Promover o confronto com o espaço enquanto essência da arte, descobrindo as diferenças conceptuais na aplicação e desenvolvimento dos processos projectuais, bem como dos processos técnicos implicados. Estar familiarizado com metodologias e processos de realização da escultura enquanto processo projectual e técnico específico de construção/intervenção de/no espaço, conhecendo os meios, as matérias e as linguagens expressivas envolvidas, denotar disponibilidade para experimentar e inovar tendo capacidade para concretizar os projectos enunciados, potenciando uma linguagem formal individual. Contexto específico da Unidade Curricular. Ser capaz de interpretar e analisar um espaço público de pequena ou média escala e definir as suas características como lugar. Saber utilizar os meios, os processos e os conteúdos leccionados, no desenvolvimento de projectos artísticos endereçados ao lugar, tendo em conta as dimensões físicas, conceptuais, contextuais (implicações de âmbito artístico e de transversalidade disciplinar) e temporais, criando e produzindo trabalhos individuais ou de equipa.
A Unidade Curricular Arte e Espaço pretende conjugar as diversas valências já apreendidas pelos estudantes ao longo dos seus percursos, bem como a aquisição de novos modos de ver, analisar e transmitir - quer na concepção como na materialização plástica;
Dotar os estudantes de reportórios projectuais operativos e testemunhar casos paradigmáticos;
Ensaiar modelos e estruturas de criação, individuais e em equipa;
Investigar, organizar, planear e projectar no tempo e no espaço;
Gerir criticamente as diferentes fases do trabalho;
Ter capacidade de cooperar em esquemas de realização de grupo;
Racionalizar a dimensão transversal das diferentes disciplinas do curso.
Não tem.
As novas abordagens de disciplinas oriundas das Ciências Sociais, como por exemplo Estudos Culturais ou a Geografia Crítica, potenciaram um território de reflexão a que não ficaram alheias outras disciplinas do conhecimento, do pensamento e/ou da prática. O sentido dinâmico da noção de espaço surgido a partir desta nova interdisciplinaridade, não pode deixar de influenciar a prática artística interessada em investigar a espacialidade seja pela via escultórica seja pela via simbólica, seja ainda por motivações conceptuais ou críticas.
Sucintamente, Arte e Espaço fundamenta-se no Espaço como elemento estruturador das Artes Plásticas, concretamente nas relações entre o Espaço e Escultura, entre o Espaço e a Arquitectura e outras áreas do conhecimento: Históricas, Antropológicas e Sociológicas, numa perspectiva de contextualização cultural e histórica das diversa noções e abordagens de Espaço e com particular atenção para os séculos XIX e XX e suas repercussões no pensamento e nas práticas da actualidade. Escala, dimensão, operacionalidade; Espaço, Lugar e Composição. Escultura objecto; Instalação; Site e Non-Site; Lugar, Território e Paisagem
A unidade curricular pretende incentivar a investigação das conexões entre a prática artística e qualquer daquelas (ou de outras) abordagens à espacialidade, articulando-se com outras unidades curriculares teorico-práticas de Atelier ou Projecto, mas permitindo o desenvolvimento de ferramentas analíticas espaciais bidimensionais, tridimensionais ou temporais, e procurando formas específicas de explorar aquelas dinâmicas nos projectos propostos.
Esta unidade curricular propõe, portanto, a estruturação e o desenvolvimento de projectos que investiguem variadas noções de Espaço, em significado e diferenciação entre por exemplo: espaço público e espaço privado, espaço interior e espaço exterior, espaço positivo e espaço negativo, espaço real e espaço virtual, espaço limitado e espaço infinito, espaço aberto e espaço fechado, espaço/tempo, permanência/passagem.
- Construção de um diário de bordo da Unidade Curricular;
- Aulas de apresentação, exposição e debate acerca de diversos Artistas, Correntes Artísticas, Movimentos, relacionando as questões que envolvem o Espaço nas suas mais diversas formas de abordagem - Realização de relatórios de aula
- Apresentação e Desenvolvimento de propostas de trabalho fornecidas pelo docente.
Arte e Espaço, orienta-se naturalmente para a realização de projectos criativos e de investigação, individuais e/ou de grupo, ao nível do projecto (em pequena escala e com maquete prévia) e da sua concretização à escala natural, quando possível, desenvolvendo e aprofundando a prática implicada, a partir dos enunciados específicos para e exploração de conteúdos, através de uma metodologia de ensino-aprendizagem centrado no aluno, regendo-se por uma prática de ensino directo, com a presença, efectiva, de todos os intervenientes no processo educativo, docente e discentes, no espaço de aula. Como Unidade Curricular Teórico-prática, caracteriza as suas aulas teóricas pela apresentação e explanação dos conteúdos programáticos e as aulas práticas à concretização, desenvolvimento e exploração dos conteúdos e do(s) exercício(s) bem como à análise, à crítica e à avaliação conjunta dos resultados obtidos. Serão ainda objecto de estudo, visitas a exposições e locais de interesse para a disciplina, a participação em seminários, workshops, assim como outras actividades que possam convergir para o apoio ao desenvolvimento dos objectivos desta Unidade Curricular. Neste contexto, a cada discente, é também solicitada a organização de um diário de registo do trabalho desenvolvido durante todo o Semestre, em suporte papel e em suporte digital. Os alunos que assim o desejarem, poderão ainda, produzir um diário objecto, que supere a sua dimensão documental e se constitua como um complemento aos trabalhos e projectos desenvolvidos na Unidade Curricular.
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 20,00 |
Trabalho escrito | 20,00 |
Trabalho laboratorial | 60,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de projeto | 0,00 |
Elaboração de relatório/dissertação/tese | 0,00 |
Estudo autónomo | 0,00 |
Frequência das aulas | 0,00 |
Trabalho de investigação | 0,00 |
Trabalho laboratorial | 0,00 |
Total: | 0,00 |
Classificação final igual ou superior a 10 (dez) valores.
Cumprimento do Plano de Estudos estabelecido e assiduidade.
Os alunos devem realizar dois exercícios: um vocacionado para trabalhar um espaço interior de pequena escala desenvolvidos a partir de um cacifo; outro vocacionado para trabalhar um espaço exterior e de maior escala. Ambos devem ser desenvolvidos em várias etapas, em processo a partir de uma proposta inicial. Para iniciarem o 1º trabalho os estudantes devem seleccionar um cacifo e apresentar a devida proposta por escrito e oralmente perante a turma, sendo livres de optar por qualquer meio e processo. Para o Exercício nº 2, os estudantes devem seleccionar também um espaço (um local, um lugar), começando por fazer o levantamento dos espaços que pretendem trabalhar aos mais diversos níveis e disciplinas e de áreas de conhecimento, bem como, através de desenho à mão livre, registos diversos - fotografia, video, audio (sem prejuízo de outros meios), estudando morfologicamente o lugar e as circunstâncias da sua futura proposta de intervenção. Nesta fase, a escala a trabalhar será reduzida relativamente ao eventual projecto a conceber para esse espaço público ou privado, interior ou exterior, que incluirá a respectiva descrição ou memória descritiva suficientemente esclarecedora para que se possa aclarar do objecto/construção/intervenção a realizar em verdadeira grandeza. O projecto pode não dispensar maquete à escala e/ou simulção em formato e ambiente digital. Os alunos elegerão os ambientes tecnológicos que melhor se adaptem à natureza e sensibilidade dos projectos a desenvolver.
A avaliação é contínua sem prejuízo de combinação com outras modalidades de avaliação, nomeadamente de dois momentos de avaliação intercalar e de um momento de avaliação final (com datas definidas de acordo com a calendarização da Faculdade). As duas avaliações intercalares são de carácter informativo e a avaliação final tem carácter vinculativo, sendo todas elas expressas em modo quantitativo, embora o mesmo traduza também uma dimensão de avalaição qualitativa. A presença assídua às aulas deve assegurar informação qualitativa e quantitativa a qualquer momento, independentemente dos períodos fixados para a avaliação, sendo fundamental o desenvolvimento dos trabalhos nos espaços de aula/atelier, na FBAUP ou noutros locais entretanto para tal definidos, dentro dos períodos de aula ou fora dos mesmos. O discente é obrigado a cumprir um mínimo de 75% das aulas. A docente fará um registo de presenças de cada aluno. A informação qualitativa e quantitativa referida é assegurada através do desenvolvimento regular dos trabalhos práticos e do respectivo enquadramento de reflexão teórica bem como da sua discussão. São factores de avaliação/classificação final: a participação efectiva presencial do aluno(a) nos espaços de aula/oficina; o desempenho e a capacidade de concretização ao nível do projecto e da técnica; a capacidade de experimentação e de abertura para a inovação; a qualidade do trabalho concluído; o diário de registo do trabalho desenvolvido durante todo o Semestre, em suporte papel e/ou em suporte digital; a investigação e o desenvolvimento dos conteúdos teóricos.
Mediante frequência no ano lectivo seguinte.