Código: | MF500 | Sigla: | MF |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Artes Plásticas |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Artes Plásticas |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Artes Plásticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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AP | 22 | Plano de estudos oficial 2011 | 2 | - | 4,5 | 64 | 121,5 |
3 | |||||||
4 |
Docente | Responsabilidade |
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António Rui Ferro Moutinho | Regente |
Teorico-Prática: | 4,00 |
Tipo | Docente | Turmas | Horas |
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Teorico-Prática | Totais | 1 | 4,00 |
Norberto da Silva Ogórek Jorge | 4,00 |
A UC marca como objectivo geral primordial apresentar o universos dos processos de moldagem e fundição de metais como espaços de investigação do processo e discurso artístico contemporâneo, onde o estudante poderá colocar em perspectiva o seu trabalho autoral e complementar as suas competências nestas áreas de produção.
Com foco nos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia, esta UC pretende, no apoio à idealização, produção e finalização de projectos que envolvam moldagem e metal fundido, apresentar o seu espaço oficinal como laboratório de experimentação de matérias, métodos e tecnologia, que lhe são próprias, viabilizando outros olhares sobre o seu complexo, no geral e na relação com a arte contemporânea, na assunção da fundição de metais, como território de possibilidade de investigação académica, prática/teórica, no universo das Artes Plásticas - Escultura.
Outros objectivos gerais serão:
- consciencialização dos princípios gerais da tecnologia de fundição de metais;
- aplicação dos princípios da fundição artística de pequeno formato;
- refinamento na prática dos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia;
- consciencialização da prática de manipulação das diferentes matérias envolvidas nos processos de moldagem e fundição: ceras, areias, gesso cerâmico, gesso refractários, metais e ligas de metais;
- aplicação das regras de segurança pessoal e colectiva, no manuseamento dos equipamentos de apoio e na generalidade das acções, das diferentes etapas dos processos de fundição;
- experimentação de diversos processos de moldagem, associados ao campo artístico, e aplicados na reprodução de modelos para fundição;
- refinamento da prática de oficina de moldagem e fundição, na relação e coordenação com as diferentes necessidades de atelier criativo e de escultura;
- refinamento da relação de trabalho colectivo e observação das normas de respeito e atenção pelo outro;
- Reflexões e análises críticas sobre os universos da Moldagem e da fundição de metais no contemporâneo;
- Competência de investigação, comunicação e inovação (recolha, seleção e tratamento personalizada de informação);
- refinamento da capacidade de gestão de recursos (espaço de trabalho, equipamento e materiais).
Como objectivos específicos serão apontados:
- exploração de expressão individual, na proposta e produção de projectos que envolvam moldagem e metal fundido;
- consciencialização e uso do espaço criativo implícito na gestão pessoal entre processos de moldagem, fundição e reprodução;
- Reflexão entre espaço positivo e negativo, forma e molde, modelo e reprodução;
- Conquista de autonomia nos processos de moldagem e fundição, no uso, manipulação e gestão das matérias utilizadas, bem como, ferramentas de apoio;
- pesquisas de enquadramento de moldagem e fundição associadas ao campo artístico contemporâneo, e interdependências metodológicas com outras áreas de produção;
Os Resultados da Aprendizagem desta Unidade Curricular ficarão plasmados, quer em moldes e modelos, quer em peças de fundição de chumbo, de alumínio, de liga de Latão e Bronze, que os estudantes desenvolverão na prática e na integra. Quer ainda, em relatórios que organizam perante investigação sobre temas relacionados com as matérias base, a fundição e a moldagem, no geral e na relação com a arte contemporânea, cruzados com o seu próprio trabalho e com os seus autores de referencia.
A UC promove o relacionamento do estudante com os fazeres ligados à oficina de moldagem e fundição, em estreito relacionamento e respeito como o espaço de atelier escultórico, baseado na interdependência do processos criativo com a liberdade de experimentação. Promove-se espaço criativo implícito na gestão pessoal entre a fundição artística e a tecnologia de fundição, entre processos de moldagem, reprodução e fundição de metal e processo criativo idiossincrático. Instiga-se os estudantes a conquistarem os seus resultados, num ambiente propício e com apoio específico, de modo sistematicamente mais autónomo. Isto é, desde a preparação das diferentes matéria, à organização das estruturas necessárias, à execução dos modelos, controlo das diferentes etapas de produção, até ao refinamento e acabamento final das peças produzidas. Procura-se a consciencialização das possibilidades da fundição artística desenvolvida seguindo os princípios da tecnologia de fundição de metais, apropriada para a fundição de pequeno formato, orientados pela informação fundamental de José M. G. De Carvalho Ferreira e Steve Hurst.
As Competências desta Unidade Curricular são:
- capacidade de idealização, produção e finalização de obra artística, partindo da moldagem e fundiçaõ, ou com necessidade de apoio dos processos e matérias que se lhe associam;
- distinção do campo de aplicação dos diversos processos de fundição abordado;
- distinção do campo de aplicação das diversas matérias metálicas, mediante as suas características físicas e os seus processos de transformação;
- capacidade de selecção e controlo das matérias metálicas e sua composição;
- capacidade de selecção e execução de diversos processos de moldagem;
- manipulação, controlo e elaboração das matérias de moldagem segundo os objectivos do trabalho a executar;
- investigação, enquadrada no universo das práticas artísticas contemporâneas, dos processos de moldagem e fundição de metais, sua evolução histórica e actuais aplicações;
Para cumprir os objectivos da UC, os resultados e as competências que obviamente se pretendem inscrever na investigação e questionamento do campo artístico contemporâneo, os estudantes devem estar apoiados por capacidades adquiridas e gosto pelo desenho e modelação, por capacidade, interesse e ambição em formular projecto no âmbito das Artes Plásticas, moldagem e fundição de metais.
A fundição de metais é uma actividade humana que remonta, perante o nosso conhecimento actual, a mais de quatro milénios A.C. Num continuo evolutivo, até aos dias de hoje, a história civilizacional humana é marcada pelas suas fases: Idade do Cobre, do Bronze, do Ferro. José M. G. De Carvalho Ferreira escreve no seu livro Tecnologia da Fundição que a “fundição irá continuar a ser um dos mais versáteis processos tecnológicos de fabrico no futuro… composto por métodos, processos e técnicas para conformação de metais fundidos, e para a sua solidificação controlada.”
Nesta UC realizaremos um foco independente para a fundição artística que, para lá da magia da transformação da matéria metal em forma, a versatilidade apontada pelo autor, permite um enorme campo de investigação, para os processos criativos dos artistas.
Neste sentido, esta UC promove a compreensão dos processos de moldagem e fundição ao longo da história, até aos nossos dias, pretendendo enquadrar as suas propostas num quadro mais específico da cultura contemporânea e da história das artes plásticas. Promove, também, o refinamento dos processos do fazer e a participação dos estudantes em todas as fases de produção, enquanto método para a compreensão alargada, das questões tecnológicas e de segurança, que se associam a Moldagem e Fundição.
As propostas apresentadas ao estudantes são processos de comunicação com realidades mais complexas, com universos específicos das artes plásticas, mas também, da industria e novas tecnologias, necessitando de enquadramento vivencial, visual e teórico, acrescido às possibilidades espaço/temporais que a UC comporta. Esta UC desenvolve acções de produção junto de parceiros institucionais e outras UCs da LAP, enquanto processo de compreensão de um enquadramento mais amplo para Moldagem e Fundição.
As propostas relacionam os estudantes com o fazer ligado aos processos de moldagem e fundição de metais, instigando-o a conquistar os seus resultados, partindo de projectos pessoais, de modo sistematicamente mais autónomo, num ambiente propício e com apoio específico. Desde a preparação das diferentes matéria, à organização das estruturas necessárias, à execução dos modelos, controlo das diferentes etapas de produção, até ao refinamento e acabamento final das peças produzidas.
Procura-se a consciencialização das possibilidades da fundição artística desenvolvida segundo os princípios da tecnologia de fundição de metais, apropriada para a fundição de pequeno formato, focada nos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia.
Os Resultados da aprendizagem desta UC ficarão plasmado em peças produzidas por processos de moldagem e fundição, cera perdida e calcamento em areia, em chumbo, alumínio, liga de latão e de bronze.
Ficarão, também, resultados registados, na produção de investigações, que os estudantes conduzam, permitindo novos olhares criativos sobre estas actividades, partindo de reflexões sobre o contemporâneo das artes, nomeadamente da escultura, que impliquem processos de moldagem e metal fundido. A versatilidade a apoiar outras perspectivas de investigação partindo ou revistando relações com obras e autores, nacionais e internacionais, como Pedro Croft e Richard Serra; Alberto Giacometti e Constantin Brancusi; Jasper Johns e Marcel Duchamp; Sherrie Levine e Rachel Whiteread; Anish Kapoor e muitos outros.
A gestão do programa é efectuada no apoio à proposta que se remete aos alunos ou aos seus projectos pessoais, visando a cobertura dos Conteúdos acima definidos, tendo como objectivo o desenvolvimento das capacidades que são enumeradas no ponto referente a Objectivos. Estes são a coluna vertebral de toda a estratégia pedagógica, uma vez que é em torno deles e da sua definição que são mobilizadas todas as outras acções, nomeadamente:
1) Apresentações teórico –práticas de aspectos plásticos e técnicos envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos;
2) confronto com exemplos da Arte de épocas diversas e da prática artística contemporânea, mediante os meios disponíveis (projecção de imagens, vídeo ou outros);
3) Visitas de estudo a exposições, museus, oficinas, e outras cujo interesse e oportunidade sejam adequados ás características do exercício em curso ou se traduzam numa mais-valia para a formação artística dos alunos deste nível;
4) Discussão individual ou colectiva dos ante-projectos dos alunos;
5) Discussão individual ou colectiva, centrada nas diversas fases de execução dos projectos;
6) Momento colectivo de reflexão e análise critica do conjunto de resultados obtidos.
Os alunos serão acompanhados em todas as sessões pelo docente e terão oportunidade de recorrer ao espaço e equipamento fora destas sessões com a supervisão do docente, quando solicitado.
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 20,00 |
Trabalho escrito | 20,00 |
Trabalho prático ou de projeto | 60,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de relatório/dissertação/tese | 22,50 |
Frequência das aulas | 64,00 |
Trabalho laboratorial | 35,00 |
Total: | 121,50 |
A Avaliação é distribuída, sendo porém exercida a dois níveis:
Primeiro nível: corresponde à avaliação a que é submetido o resultado de cada trabalho concluído, em confrontação com os processos aplicados e o cumprimento dos objectivos;
Segundo nível: avaliação da progressão do aluno ao longo do semestre, perante dossier que o próprio compila, através do qual é possível reconstituir uma visão evolutiva de conjunto.
Sendo assim, a obtenção de frequência a esta Unidade Curricular depende de:
1- participação activa nas sessões de trabalho calendarizadas;
2- cumprimento dos objectivos e resultados pretendidos em cada proposta;
3- entrega de um dossier com a compilação da investigação realizada em termos de matérias e processos, ilustrada pelos resultados obtidos ;
4- participação na exposição colectiva dos resultados finalizados na sala da Unidade Curricular, limpa e arrumada;
1.os resultado de cada trabalho concluído são analisados, criticados e classificados em três secções:
- projecto / modelos [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];
- moldações [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];
- fundição [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];
2.os trabalhos propostos correspondem a 60% da classificação final do ano;
3.o dossier de investigação e registo de percurso de trabalho corresponde a 20% da classificação final do ano;
4.a participação diligente nas sessões corresponde a 20% da classificação final do ano;
Não se aplica
Conforme o estipulado no Regulamento do regime de Estudos e de Avaliação da FBAUP, a avaliação às disciplinas teórico-práticas é contínua, sem prejuízo de combinação com outras modalidades de avaliação. Embora sem registo de faltas, a presença assídua às aulas deve assegurar informação qualitativa e quantitativa a qualquer momento, independentemente dos períodos fixados para a avaliação. A informação referida é assegurada através do desenvolvimento regular de trabalhos práticos e respectivo enquadramento de reflexão teórica. Dadas as características da modalidade de avaliação contínua (avaliação distribuída sem exame final), são factores de ponderação para a avaliação/classificação final, a participação efectiva/presencial do aluno(a) nos espaços de oficina, o desempenho e capacidade de produção, natureza e originalidade do projecto e consequente leitura dos procedimentos e estratégias de consumação.
Frequência na UC no ano seguinte.
Nos primeiros dias de confinamento, os estudantes foram contactados via email, com sugestão de proposta de trabalho, que permitisse continuação de investigação dos temas ligados à Unidade Curricular, e na perspectiva de poder ser desenvolvida em casa. Na definição original da UC de Moldagem e Fundição, sempre esteve implícita uma parte de investigação teórica, como componente essencial e espaço específico de avaliação. Nesse sentido, foi proposto aos estudantes, focarem-se na pesquisa e produção de PAPER. Para além de informação específica, foi informado aos estudantes que:
- este exercício era obrigatório, já que, todas as restrições a que estávamos sujeitos, não impediam a realização desta parte do programa, nem em conforto, nem em propriedade;
- O resultado esperado implicava o estudo individual, o mais sistemático possível, do tema e enquadramento elegido por cada estudante.
- Acreditou-se que esta proposta proporcionaria aos estudantes, sem outras dependências, apenas com o acompanhamento à distância dos docentes e a literatura cedida na Página da UC, no Sigarra, um maior conhecimento do tema geral em foco – fundição de metais nas Artes Plásticas.
Contudo, os estudantes reagiram à impossibilidade de aquisição das competências práticas que a UC trabalha, totalmente dependentes do ensino presencial e espaço oficinal.
Pelo alongar do confinamento e perante a necessidade de rematar o ano lectivo, segundo as condições existentes, os estudantes inscritos na UC, foram consultados em relação à possibilidade de cumprimento desta, fora do regime presencial e do estabelecido no Sigarra
Depois de analisada e discutida a situação, com os estudantes participantes nos encontros via ZOOM, promovidos síncronos com o horário da UC, ficou acordado o seguinte:
1º - a Unidade Curricular de Moldagem e Fundição será cumprida, nas condições de distancia e comunicação digital, por interesse de todos, acordado novo processo de funcionamento, calendário e itens de avaliação;
2º - Os docentes desenvolverão apresentações de carácter teórico, que permitam aos estudantes expandir o seu conhecimento e enquadramento dos temas relacionados com a fundição de metais nas Artes Plásticas.
3º- os estudantes realizam a pesquisa e produção de PAPER, bem como, a produção de modelos em poliestireno expandido ou extrudido, cujos resultados e produção relatarão num documento específico, sendo acompanhados semanalmente pelos docentes, quer em sessões de aula síncronos, através de encontros ZOOM, quer por email e outros meios de comunicação disponíveis;
4º- A UC prolongar-se-á até 17 de Julho, data de fecho e entrega de pautas e termos, tendo sido marcado dia 3 de Julho para entrega de Paper e relatórios e, 10 de Julho para Auto-avaliação e discussão de classificação. Reservou-se as duas últimas semanas de Julho, para a eventual possibilidade de marcação de workshop de fundição em alumínio dos modelos realizados em poliestireno expandido ou extrudido, por processo de calcamento em areia, sem interferência nas classificações dos estudantes inscritos na UC de Moldagem e Fundição;
5º- Os Itens de Avaliação da UC de Moldagem e Fundição, e sua correspondente percentagem para a classificação do estudantes, serão: trabalho presencial AC [30%]; PAPER [50%]; Relatório [10%]; desenvolvimento de modelos EàD [10%];