SOBRE A EXPOSIÇÃO
“(…) arrastava este incrível e pesado saco de coisas, o meu saco estava cheio de fracos e desajeitados, (…), e o crânio de um rato; cheio de começos sem fim, de iniciações, de perdas, transformações e traduções, e com muitos mais truques que triunfos do que armadilhas e ilusões;”
Amplificada, a História, a história e a História da História, são sempre ficções. Aqui, diz-se ficção como quem diz projeto, nesse momento em que conduzimos as nossas próprias coisas a um determinado lugar. Podendo o saco, ser a própria coisa que se carrega, questionamo-nos se ele conta como narrativa, se implica um desenlace ou se basta a sua mera existência para dizer o que não pode ser dito de outra forma.
Pela amplificação, qualquer narrativa implica a hipótese de ausência do êxtase, como num sonho em que se acorda na iminência de caírmos. Se é um sonho que dá para contar ou se é um daqueles sonhos que parecia ser na tua casa, mas que afinal não seria bem a tua casa, com a tua família, mas que afinal não seria bem a tua família, é uma consequência de não se saber explicar devidamente os próprios sonhos, ou até a própria história. Por isso é que a guardamos a história, a História e a História da História em caixas e cestas com formas de abrir.
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Exposição Final LAP - Multimédia | 'A Ficção como cesta'
Inauguração: sexta-feira, 26 de maio 2023, às 17h00
Patente até dia 01 de junho 2023
oMuseu, FBAUP
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