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Projecto 3

Código: 300301     Sigla: 300301

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2017/2018 - A Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 164 MIARQ 3 - 21 - 567

Língua de trabalho

Português

Objetivos

A Unidade Curricular de Projeto 3 assume como adquirida uma relativa segurança das competências metodológicas e do manuseamento das técnicas de projeto, necessariamente adquiridas nos anos anteriores, competindo-lhe testá-las e desenvolvê-las de forma a colocar os conhecimentos e a experiência dos estudantes num patamar superior de capacidades e exigências.

Sob o tema genérico da habitação plurifamiliar e com a cidade como enquadramento e referente, serão propostos e efetuados um conjunto de exercícios potenciadores de experimentação, de reflexão e de incremento da capacidade de materialização projetual, alargando conhecimentos sobre Projecto e sobre Arquitectura.

Trata-se, primeiro que tudo, de fazer a abordagem geral dos temas e problemas da habitação plurifamiliar, entendidos como reflexão sobre os modos de habitar, como ensaio de definição de programas e elaboração de espaços-células que os reflitam, assim como o estudo dos modos e estratégias da associação destas células mediante sistemas e disposições que constituam uma articulação eficaz e potenciadora, suscetível de aportar claras mais-valias relativamente à residência individual. Procura-se ainda, mediante o estudo dos fogos, dos sistemas de distribuição, das associações em módulos e da conformação do edifício, tornar esclarecidas e consistentes as opções tipológicas possíveis. Trata-se também de o fazer num contexto urbano, obrigando a estudar e a compreender os processos e elementos de formação dos tecidos urbanos e da definição das suas morfologias, explorando as vias pelas quais a realização de um programa habitacional substancial define, constitui, altera ou reconstrói novos tecidos urbanos. Deste modo, a integração das duas vertentes permite refletir e compreender a interdependência e a relação dialética entre a inserção urbana, a morfologia urbana e a tipologia edificatória habitacional.

Os exercícios previstos visam igualmente fazer avançar a experiência e as competências de projeto dos estudantes em três linhas fundamentais: em primeiro lugar na vastidão e complexidade dos problemas, com a introdução progressiva de condicionantes programáticas, urbanísticas e legais que interferem com os processos de definição da forma exercitados nos anos anteriores. Em segundo, nas dificuldades específicas e no potencial que o trabalho de articulação simultânea de escalas proporciona, desde a 1/1000 à 1/2, isto é, verificando as interdependências e recíprocos estímulos entre a dimensão urbana e o desenho global, ou mesmo de pormenor, dos edifícios. Em terceiro, não menos importante, ao tratar intensamente os aspetos construtivos, quer na sua lógica geral quer na sabedoria do detalhe, os estudantes têm oportunidade de perceber que estes terão de materializar de modo rigoroso a forma-construção pretendida, constituindo, mais que um mero acrescento de informação, parte essencial do trabalho da definição da forma-expressão da arquitetura, constituindo uma oportunidade de síntese entre linguagem e construção, com implicações e com repercussão nas escalas maiores e em todo o resultado final.

O quadro geral destes exercícios é relativamente conservador. Entende-se que a abordagem do tema da habitação plurifamiliar e a fase da aprendizagem da disciplina em que se encontram os estudantes, justifica mais uma experiência de 'qualificação-do-corrente', do que a experimentação da excecionalidade ou o exercício da especulação programática, funcional ou formal —sem com isto as desdenhar—, antes com a consciência de que nele todos os estudantes podem, sem limitação de grau de qualidade ou profundidade, ganhar forças para outras exigências.

Resultados de aprendizagem e competências

Para além das questões metodológicas e instrumentais próprias do projeto, os resultados expectáveis incidem sobre o conhecimento extensivo no domínio e problemáticas da arquitetura habitacional na transformação da cidade. 

Modo de trabalho

Presencial

Programa

Exercício 1: ”Associação de Fogos em Habitação Plurifamiliar”.

Com a duração da totalidade de aproximadamente doze semanas, consiste na realização de três diferentes soluções de fogos e sua agregação mediante três sistemas de distribuição: Acesso por Galeria, Acesso Vertical Múltiplo, Acesso Direto. Sendo um trabalho que deve essencialmente incidir sobre as características das modalidades de associação de fogos, excluiu-se a consideração de um contexto urbano real.

O exercício será realizado em duas fases: na Fase 1 produzir-se-á o esboço de três soluções de distribuição constituindo um exercício de definição de células base e sua agregação nos três tipos de acesso, respeitando diversas situações morfológicas pré-definidas: módulo-base, gaveto, topo livre, empena e articulação, à escala 1/500. A Fase 2, tratará do desenvolvimento de uma destas soluções — e de um fogo-tipo abordado com maior detalhe — partindo da escolha de uma das hipóteses esboçadas anteriormente, a globalidade à escala 1/200 e o fogo-tipo à escala 1/50.

Exercício 2: “Forma Urbana e Edificação Residencial: Plano e Projeto”.

Com a duração de cerca de cinco semanas esta fase perspetiva a continuidade/complementaridade do exercício até ao final do ano letivo. Trata-se primeiramente da realização de uma proposta de implantação urbana, de substancial extensão, implicando a caracterização de novos arruamentos, com um programa misto, predominantemente habitacional. O exercício será realizado em duas fases. A Fase 1, denominada “Plano: Implantação e Forma Urbana/Espaços Públicos e Privados”, trata do estudo de uma implantação e volumetria, incluindo circulações, acessos, espaços públicos e privados que visa ordenar e organizar a área de intervenção, sendo trabalhado predominantemente nas escalas 1/1000 e 1/500. A Fase 2 revisita a Fase anterior, ao preencher com um programa habitacional complexo formas urbanas pré-definidas.

Se a Fase 1 trata da estruturação do espaço urbano e da definição de morfologias, a Fase 2 - “Projeto: Edificação Habitacional e Espaços Públicos e Privados” - aborda-o interpretando as estruturas e morfologias na solução-base comum, mediante a escolha de formas, volumes, opções tipológicas e linguagem. Trata-se de praticar e perceber que a abordagem “urbana” e a abordagem “arquitetónica”, são duas faces do mesmo problema e possuem interligações e interdependências. O exercício desenrola-se às escalas 1/500 e 1/200.

Fase 3 do Exercício 2: ”Edifício Habitacional Plurifamiliar: Desenho e Construção”.

A desenvolver até final do ano letivo, focaliza-se no aprofundamento de um dos edifícios previamente propostos no decorrer da fase anterior, aprofundando a sua forma geral e o seu detalhe, tal como as suas características estruturais e construtivas, procurando a síntese entre expressão e construção. As escalas abordadas são a 1/100, 1/50, 1/10 e 1/2.

A acompanhar o processo de ensino/aprendizagem de Projeto 3, os estudantes deverão organizar um "Caderno de Pesquisa" individual no qual se revejam, documentados e anotados, diversos materiais de estudo – projetos, obras e/ou textos – exemplares  de referência representativos da informação/conhecimento auxiliar ao aprofundamento do(s) exercício(s) de Projecto. De elaboração e revisita sistemática, própria dos processos de consciencialização, este “Caderno” acompanha e substancia o progresso dos trabalhos, e será considerado elemento imprescindível na lógica da “avaliação contínua” e na autonomia do estudante.

 

Bibliografia Obrigatória

Costa Alexandre Alves; Porto 1901-2001. ISBN: 972-26-206-4
Monteys Xavier; Casa collage. ISBN: 84-252-1869-1
Gili Galfetti Gustau; Pisos piloto. ISBN: 84-252-1716-4
Schneider Friederike 340; Atlas de plantas. ISBN: 84-252-2050-5
Melgarejo María 050; Nuevos modos de habitar. ISBN: 84-86828-15-5
Rueda Oscar 340; Metropolitan Housing Madrid. ISBN: 84-7207-138-3
Martínez Andrés; Habitar la cubierta. ISBN: 84-252-1989-2
Rueda Oscar 340; Metropolitan Housing Madrid. ISBN: 84-7207-138-3
Fernandes Fátima; Arquitectura portuguesa contemporânea. ISBN: 972-41-2706-0
SALAZAR, J., GAUSA, M.; Housing+Singular Housing, Actar, 2002
Proyecto Casa Barcelona, Construmat Barcelona, 2001
Sherwood Roger; Modern housing prototypes
Heckmann Oliver 340; Floor plan manual housing. ISBN: 978-3-0346-0708-7
Schneider Friederike 340; Atlas de plantas. ISBN: 84-252-1710-5
F. R. S. Yorke; Frederick Gibberd; The Modern Flat, The Architectural Press, London UK, 1937
F. R. S. Yorke; Frederick Gibberd; Modern Flats, The Architectural Press, London UK, 1958
Fernandes, Fátima e Michele Cannatà ; Habitação Contemporânea. Formas de Habitar, Asa Editores, 2003. ISBN: 9724136329
Fernandes Fátima; Guia da arquitectura moderna. ISBN: 972-41-3175-0

Observações Bibliográficas

Para além destas referências, deve ser consultada a base bibliográfica+projectos de habitação colectiva disponível em Documentos.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Os trabalhos desenvolvem-se mediante a articulação de momentos teóricos e práticos. Por um lado, a realização de sequências de aulas teóricas apresentadas pelo(s) Regente(s) da UC com a presença simultânea de todos os estudantes; e, por outro lado, mediante aulas práticas, realizadas nas turmas com o acompanhamento dos Assistentes, com a participação do(s) Regente(s) de forma pontual e rotativa. Nas aulas teóricas serão apresentados os exercícios a realizar, introduzidos os temas e as informações necessárias ao avanço dos trabalhos, e, periodicamente, efetuados exercícios coletivos inter-turmas, de apresentação, comparação e debate de resultados. Nas aulas práticas serão implementados e executados os exercícios propostos e apresentado, analisado, criticado e discutido, em grupo ou individualmente, o progresso dos trabalhos.

Palavras Chave

Ciências Tecnológicas > Arquitectura
Humanidades > Artes

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Trabalho prático ou de projeto 100,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência

Cumprimento da assiduidade mínima de 75% de presença nas aulas.

Fórmula de cálculo da classificação final

O processo de avaliação será contínuo, no sentido em que serão tidos em conta as relações com os docentes, a presença e participação nas aulas, a regularidade e a continuidade do trabalho, a atitude e a resposta face aos problemas e desafios lançados. Integrados nesta avaliação quotidiana existirão momentos de avaliação informal, os “pontos de situação”, onde serão apresentados/comentados/debatidos os trabalhos em curso, sem se tratar, contudo, de uma “entrega”.

Serão realizados quatro momentos de avaliação formal, com apresentação em formatos e modos normalizados de elementos pré-determinados, seguidos por comentário individual realizado pelo docente de cada uma das turmas e pela afixação das respetivas classificações.

Estas classificações ponderarão, conjuntamente com a prestação contínua em turma, os resultados atingidos nas entregas, tanto na clareza e coerência da sua apresentação/comunicação, como na qualidade intrínseca dos trabalhos apresentados, e onde deverão ser visíveis as capacidades de manuseamento, articulação e integração das opções urbanas, tipológicas, morfológicas e construtivas. Cada classificação integra as anteriores, incorporando-se, portanto, uma expectativa de progressão como fator positivo.

Os quatro momentos de avaliação formal, realizados de acordo com o calendário do ano escolar, correspondem às quatro entregas principais dos trabalhos realizados: no final do 1º Exercício, no final da Fase 1 do 2º Exercício, na Fase 2 do 2º Exercício e na Fase 3 do 2º Exercício (a entrega no final do ano); todas serão objeto de uma apresentação pelo aluno e de uma apreciação crítica pelo professor, à exceção da última, na qual os elementos entregues adquirem maior importância e autonomia comunicativa.

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