Código: | 50132C5 | Sigla: | 50132C5 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitetura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIARQ | 15 | MIARQ | 4 | - | 3 | - | 81 |
5 |
"Que diferença entre um pilar de pedra de um dólmen e uma coluna de cimento armado. Enquanto naquele tudo é natureza neste tudo é homem. Enquanto naquele a interferência do homem como ser pensante (e não propriamente como ser dotado de força motriz) é nula, esta é o resultado de um estudo e de um cálculo que representa um apogeu na história do homem".
(Fernando Távora)
Um projecto-de-arquitectura faz-se iluminação da coerência aventurosa que caracteriza a prática da arquitectura: projectação, investigação, escrita – palavra e desenho, experiência e jogo, voz e reparação.
Na perspectiva, visa-se: estudar e participar da evolução da arquitectura enquanto encontro controverso entre prática disciplinar e experiência artística – criação, pensamento, conhecimento.
"Antes de mais quero dizer que a arquitectura não existe. Existe uma obra de arquitectura. E uma obra de arquitectura é uma oferta à arquitectura na esperança que esta obra possa tornar-se parte do tesouro da arquitectura." (Louis Kahn)
"Um arquitecto foi chamado a participar da resolução de um problema e fê-lo como julga que se resolvem os problemas, sobretudo os que se referem à elaboração de um projecto: apoiando e promovendo o aumento do número de pessoas a pensá-los responsavelmente, sem diluir a própria responsabilidade. Partiu de ideia apontada na primeira visita, porque considera que não se projecta somando bocados de informação, e que esta serve, se aplicada a uma ideia, para a corrigir e a definir. E que a ideia está no ‘sítio’, mais do que na cabeça de cada um, para quem souber ver, e por isso pode e deve surgir ao primeiro olhar; outros olhares dele e de outros se irão sobrepondo, e que nasce simples e linear e se vai tornando complexo e próximo do real – verdadeiramente simples. E julga ainda que quase tudo ficará naquela enorme gaveta que poderia contar, tanto ou mais do que o pode o espaço português, a história da arquitectura dos arquitectos e da destruição da outra. / Gaveta cujo conteúdo seria útil estudar, com o rigor e a objectividade de quem tenha mais desejo de o conhecer do que de o aumentar." (Álvaro Siza, 1979)
Presente as epígrafes, o programa da unidade curricular argumentar-se-á a partir do estudo e interpelação das obras e dos textos:
01. École d'architecture de Nantes, Lacaton&Vassal, 2009
"…a experiência é uma invenção…", Manuel Mendes
02. Markuskyrkan, Sigurd Lewerentz, 1956-
"Práticas teóricas, práticas históricas, práticas
arquitectónicas", I. Solà-Morales
03. La Mémé, Lucien Kroll, 1970-72
"It's Time to Reinvent Reality and Reconstruct
Architecture", Malcolm Quantrill
04. Bruder Klaus Field Chapel, Peter Zumthor, 2007
"La confianza en la matéria", Luis Mansilla
"The Trout and the mountain stream", Aalvar Aalto
05. Upper Lawn, 1959-82, A.&P. Smithson; S. Bates, 2002
"El Professor y el Alumno", Luis Santa-Maria
06. Teatrino Scientifico, Aldo Rossi, 1978
"Recherche: trois apologues", André Corboz
"El processo de conocimiento: comparación, descripción,
metáfora", J. Trillo Leyva
07. Dominican Motherhouse, Louis Kahn, 1965-69
"Sobre el concepto de arbitrariedad", Rafael Moneo
08. Casa da Música, Rem Koolhaas, 2001-05
Hypothèse pour une spatialité texturé", Jacques Lucan
09. Pablo Picasso, Museo del Parque del Oeste, A. Siza, 1992
"O que é a Louise Bourgeois sabe, que eu não sei?",
Maria Filomena Molder"
10. Meeting Point, Smiljan Radic, 2009
"Defesa do Atrito", Silvina Rodrigues Lopes
"Mundo à parte, Mundo-parte", Álvaro Siza
Uma sessão semanal de 3,0 horas compreendida como espaço de seminário: desenvolvimento dos tópicos programáticos; tempo para exposição, crítica, concertação e desenvolvimento do trabalho laboratorial, orientação de trabalhos, avaliação.
Para um processo de conhecimento elaborado com experiência, recorre-se a duas acções autónomas, ainda que interagidas:
i) "Caderno": praticável da aprendizagem individual – a construção continuada, persistente e regular do programa-processo de estudo pensado-traçado-experimentado por cada estudante no curso do seu processo de aprendizagem.
ii) "Objecto": a comunicação estruturada e rigorosa do projecto-de-investigação-desenho movimentado pelo estudante no âmbito do seu compromisso formativo, a partir da evolução do contexto programático-temático aberto na aula comum: campo, estações, nome, estrutura, recursos.
Na duração do semestre, "caderno" e "objecto" abrem à arquitectura de um espaço de formação-investigação (e) de hipóteses de trabalho / de estudo / de problema.
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 25,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Trabalho escrito | 35,00 |
Trabalho laboratorial | 20,00 |
Total: | 100,00 |
É pré-requesito para obtenção de frequência da unidade curricular a presença em pelo menos 75% das aulas efetivamente dadas.
A avaliação inferior a 9,5 valores em B e C significa reprovação sem recurso. A avaliação positiva em A e B, mas negativa (superior a 8 valores) em C permite a realização de prova de recurso, no fim do semestre: apresentação e discussão do "objecto" reformulado.
A avaliação do aprendizado instruído | argumentado na unidade curricular associa três componentes: componente A, envolvimento e/ou comunicação no tempo de aula, sobre matérias sumariadas; componentes B ("caderno") registo do processo de estudo, visando a verificação do rigor/sustentação da experiência de estudo individual; componente C ("objecto") a comunicação estruturada e a elaboração rigorosa do projecto-de-investigação-desenho movimentado pelo estudante.
A classificação final calcula-se pela soma dos parciais obtidos pela aplicação dos factores de ponderação atribuídos à classificação final em cada uma das componentes de avaliação: componente A 35%, componente B 30%, componente C 35%.
De acordo com a legislação aplicável em vigor.
Os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas terão de se apresentar em cinco sessões para:
i) verificação, acompanhamento e orientação do trabalho;
ii) apresentação e problematização deste na aula comum;
iii) apresentação e defesa presencial, no fim do semestre, do "projecto" e do "caderno" que registe a instrução evolutiva deste.
A classificação da componente de avaliação "projecto" pode ser objecto de melhoria através de:
i) prova oral sobre o programa sumariado;
ii) apresentação e discussão do "projecto" reformulado.
No Sigarra, nos conteúdos da UC, serão anexados documentos complementares desta ficha, relativos ao programa, bibliografia, desenvolvimento das duas componentes de estudo e aprendizagem.