Código Oficial: | 9257 |
Sigla: | MIARQ |
2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 |
---|---|---|---|---|
179 | 179,5 | 173 | 175,5 | 131 |
Regime | Fase | Nº Clausus / Vagas |
---|---|---|
Regime Geral | 1 | 117 |
A Disciplina de Desenho ao promover a representação e o conhecimento do mundo visível e das imagens mentais através do registo gráfico manual, tem os seguintes objectivos:
- Desenvolver no estudante a capacidade de observação, a habilidade e o conhecimento do acto do desenho e a sensibilidade aos valores plásticos e estéticos;
- Criar condições para que o estudante enfrente o acto de projectar com agilidade espontaneidade e consciência;
- Estimular a presença no acto projectual de componentes não sistemáticas, simbólicas e poéticas.
- Promover a satisfação e o conhecimento da necessidade e do prazer da representação; da expressão do número e da medida; da memória visual da realidade exterior e interior.
- Reconhecer que o desenho é a expressão gráfica de uma intencionalidade que deve procurar a sua matriz na realidade exterior e no património do Desenho e da Arquitectura;
- Entender que se aprende a desenhar desenhando e desenhando-se, isto é, a intencionalidade do desenho está, também, na matriz que é o autor.
Conhecer os diferentes sistemas de representação, as suas propriedades e especificidades, como meio de leitura, construção e representação do espaço, do território ao objecto arquitectónico.
Saber utilizar ferramentas de modelação tridimensional para o mesmo fim.
Compreender a amplitude conceptual e técnica das expressões arquitectónicas antigas e medievais, nas suas específicas dimensões territoriais e urbanas, formais e construtivas.
Contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia interrogativa introdutória ao estudo da História da Arquitectura, que constitua matriz para abordar o contexto histórico das unidades arquitectónicas, seja qual for o tempo e o espaço em que se inserem, nos alinhamentos de localização, função, forma, técnica, imagem, símbolo e significado.
A cadeira, inserida num primeiro ano entendido como propedêutico, visa:
-a abordagem genérica da problemática da Arquitectura;
-o domínio dos instrumentos básicos da projectação;
-A iniciação à metodologia da composição espacial.
Familiarizar os alunos com o maior número de especificidades espaciais bem como com os diversos conceitos concorrentes para a sua caracterização: do "espaço natural" ao "espaço humanizado", do espaço urbano ao espaço arquitectónico.
Estudar o espaço arquitectónico na sua dimensão construtiva, através da sensibilização e aquisição de conhecimentos científicos basilares sobre os materiais e as técnicas intervenientes nos processos construtivos.
Assegurar que esta aprendizagem, feita com base no estudo genérico do edifício, se torne suporte da instrumentação necessária à acção arquitectural prática e teórica, permanentemente referenciada ao contexto do lugar e ao sistema produtivo.
Desenvolver a prática do desenho - a singularidade da sua expressão e adequação individual (modos, técnicas, códigos e sistemas de representação) - no sentido de favorecer uma livre e eficaz construção de imagens na relação estreita com a concepção figural do projecto de arquitectura.
A História da Arquitectura tem de ser entendida enquanto arte que vai serenamente assumindo corpo científico, e não como um mero relato de edifícios, cidades, humanização da paisagem natural ou um relato de tudo quanto o Homem foi construindo com a necessidade básica de se proteger, de criar o seu HABITAT.
A História da Arquitectura Moderna tem por alvo o estudo da arquitectura que é genericamente abrangida pela arquitectura clássica. Dos fins da Idade Média até ao Neo-classicismo é o período visado por esta unidade curricular.
Os documentos da História da Arquitectura Moderna são privilegiadamente os testemunhos feitos de “pedra e cal”. A montante dos artefactos, reside uma das especificidades disciplinares da História da Arquitectura: perceber como o arquitecto/construtor, correspondendo às ideologias de cada época e utilizando os meios materiais de momento, soube lidar com o confronto entre o problema e a sua resolução.
Para o conhecimento da Arquitectura concorrem também os documentos escritos e desenhados dos quais, por vezes, se relevam dados susceptíveis de levantamento de outras hipóteses interpretativas, que não as convencionadas.
A estrutura vertical do Curso, na área de Projecto, propõe, para o 2º ano, a introdução às questões de metodologia de projecto e a continuação do processo de aprendizagem iniciado no 1º ano, desenvolvendo-se e consolidando-se as capacidades instrumentais e conceptuais para o exercício da projectação. Esta prática pressupõe a capacidade de experimentação e de síntese de diversos saberes convergentes no domínio da Arquitectura, a qual estará sempre subjacente em toda a proposta de forma arquitectónica.
O processo de projecto, no 2º ano, deverá incidir sobre a requalificação de uma área da cidade consolidada, facilmente identificável, com proposta de edifícios de dimensão e complexidade variáveis e com programa de equipamentos e restauração. Deverá ser privilegiada a análise do conjunto edificado, do espaço público e da cidade, recorrendo ao apoio da história da arquitectura e da cidade e às metodologias de análise arquitectónica, com o objectivo de que cada aluno construa e fundamente a sua leitura do lugar. Neste contexto, a relação arquitectónica entre novo e antigo, entre proposto e pré-existente, bem como a relação entre linguagem arquitectónica e sistemas construtivos serão objecto de reflexão durante as diversas fases de desenvolvimento do trabalho prático. O processo de observação do contexto da intervenção deverá conduzir à identificação e caracterização dos diversos elementos e formas arquitectónicas que constituem o lugar do projecto e o seu significado na história da cidade visando a fundamentação objectiva de cada proposta de transformação. Esta deverá resultar de um processo em que o conhecimento do lugar e a capacidade crítica e criativa do aluno revelem um progressivo enriquecimento na fundamentação da proposta e no seu desenho.
Será, ainda objectivo desta disciplina aprofundar a caracterização global do campo em que o arquitecto exerce a sua actividade profissional.
Os objectivos e competências/aptidões resultantes da U.C. de “Teoria 1” compreendem o seguinte:
1 - Familiarizar o aluno com a área da Teoria de Arquitectura, entendendo tanto a sua especificidade como as interacções que estabelece com as outras áreas disciplinares (i.e. Projecto, História, Construção, Urbanismo).
2 - Familiarizar os alunos com uma sequência de movimentos teóricos, linguagens arquitectónicas e pensadores-arquitectos, que marcaram o desenvolvimento da disciplina em geral e da área da Teoria em particular.
3 - Desenvolver conhecimentos gerais, capacidade crítica e interesses pessoais, que apoiem o aluno nas suas práticas arquitectónicas e experiências projectuais.
O percurso epistemológico da Geografia Humana tem, como noutras Ciências Sociais, seguido uma evolução muito rápida e de sentidos diversificados: mudam as dinâmicas sociais e muda-se o modo de apropriação e de transformação do território. Esta questão obriga não só a rever constantemente os suportes teóricos e conceptuais da Geografia, como também a actualizar o conhecimento sobre a realidade empírica, no caso, de Portugal.
Em geral, os alunos do curso de Arquitectura possuem uma formação muito deficiente em Geografia, situação que se complica quando essa ausência é preenchida por informação muito pouco rigorosa, superficial e de “senso comum”. Para além disso, o corpo disciplinar da Geografia (Física e Humana) é extremamente vasto e conhece cada vez mais especializações e áreas de interesse partilhadas por outros saberes. Na impossibilidade da cadeira de Geografia cobrir esta lacuna, é contudo possível centrar os objectivos em alguns campos de interesse que a Geografia, o Urbanismo e a Arquitectura partilham.
É objectivo desta unidade curricular estimular a compreensão, no âmbito dos grandes projectos urbanos, dos problemas de escala nas intervenções, do papel dos agentes de transformação urbana, da questão do valor do solo e da importância do "project financing".
Conhecimento dos principais paradigmas sócio-antropológicos de análise das questões espaciais e do território; identificação e conhecimento dos quadros de relação estrutural entre morfologia espacial e morfologia sócio-cultural; mobilização das implicações teórico-práticas mais relevantes das relações entre morfologia espacial e sócio-cultural tendo presente a realidade social portuguesa.
O percurso epistemológico da Geografia Humana tem, como noutras Ciências Sociais, seguido uma evolução muito rápida e de sentidos diversificados: mudam as dinâmicas sociais e muda-se o modo de apropriação e de transformação do território. Esta questão obriga não só a rever constantemente os suportes teóricos e conceptuais da Geografia, como também a actualizar o conhecimento sobre a realidade empírica, no caso, de Portugal.
Em geral, os alunos do curso de Arquitectura possuem uma formação muito deficiente em Geografia, situação que se complica quando essa ausência é preenchida por informação muito pouco rigorosa, superficial e de “senso comum”. Para além disso, o corpo disciplinar da Geografia (Física e Humana) é extremamente vasto e conhece cada vez mais especializações e áreas de interesse partilhadas por outros saberes. Na impossibilidade da cadeira de Geografia cobrir esta lacuna, é contudo possível centrar os objectivos em alguns campos de interesse que a Geografia, o Urbanismo e a Arquitectura partilham.
É objectivo desta unidade curricular estimular a compreensão, no âmbito dos grandes projectos urbanos, dos problemas de escala nas intervenções, do papel dos agentes de transformação urbana, da questão do valor do solo e da importância do "project financing".
É objetivo desta disciplina a introdução à temática da construção de edifícios, principalmente a compreensão da física das construções que fundamenta o exercício do projeto na sua passagem de projeto a obra.
Pretende-se que o aluno tome conhecimento sobre os seguintes temas: Projeto e inovação; sistemas e elementos de construção; elementos que compõem o edifício, funções e exigências; tipos de materiais, sua aplicação e comportamento; os intervenientes na construção, função e responsabilidade; a obra e a construção de um edifício, faseamento e gestão de uma obra; o quadro legal que regula a construção de edifícios.
A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea tem como objectivo o conhecimento crítico da arquitectura da Idade Contemporânea, considerada como aquela que se inscreve no período que tem início no fim da arquitectura barroca e que se prolonga até à actualidade.
Em meados do século XVIII, a separação entre arquitectos e engenheiros, o nascimento da arqueologia científica (com a separação entre arqueólogos e arquitectos) e o alargamento das fontes da Antiguidade Clássica, que deixam de estar subordinadas ao predomínio da arquitectura romana, têm um papel importante na alteração do modo como é entendida a relação da arquitectura com o seu passado. A procura das origens como fundamento do conhecimento, a organização da nova cidade industrial, a arte abstracta e a formação do movimento moderno, a posterior discussão dos seus fundamentos, etc., indiciam a pluralidade de motivos que se cruzam neste período. A data de 1750, escolhida como um início possível para o período em estudo, é a da publicação por Denis Diderot do "Prospecto" da Enciclopédia, obra que iniciaria a sua publicação no ano seguinte.
Nas aulas teóricas, a exposição diacrónica das arquitecturas mais relevantes do período em estudo abordará os seus motivos conjunturais, bem como as suas precedências e consequências num tempo mais longo. Procurar-se-ão também as correspondências com a arquitectura portuguesa, relevando as suas circunstâncias particulares.
Uma obra da arquitectura portuguesa contemporânea, escolhida pelos alunos, será o tema do trabalho prático de grupo, desenvolvido ao longo do ano lectivo com acompanhamento tutorial. Devem ser aprofundados os motivos que estão na origem da escolha inicial, propondo, a partir do debate contemporâneo, relações novas que problematizem o seu conhecimento.
No Caderno de campo são montadas, depois de recolhidas, as imagens fotográficas resultantes das visitas às obras realizadas durante o ano lectivo. Este Caderno deverá ser um complemento das aulas teóricas, mas também o registo/descoberta daquelas relações formais e espaciais entre arquitecturas diferentes que se vão revelando ao longo do ano no estudo da obra que é o tema do trabalho prático de grupo.A Unidade Curricular de Projeto 3 assume como adquirida uma relativa segurança das competências metodológicas e do manuseamento das técnicas de projeto, necessariamente adquiridas nos anos anteriores, competindo-lhe testá-las e desenvolvê-las de forma a colocar os conhecimentos e a experiência dos estudantes num patamar superior de capacidades e exigências.
Sob o tema genérico da habitação plurifamiliar e com a cidade como enquadramento e referente, serão propostos e efetuados um conjunto de exercícios potenciadores de experimentação, de reflexão e de incremento da capacidade de materialização projetual, alargando conhecimentos sobre Projecto e sobre Arquitectura.
Trata-se, primeiro que tudo, de fazer a abordagem geral dos temas e problemas da habitação plurifamiliar, entendidos como reflexão sobre os modos de habitar, como ensaio de definição de programas e elaboração de espaços-células que os reflitam, assim como o estudo dos modos e estratégias da associação destas células mediante sistemas e disposições que constituam uma articulação eficaz e potenciadora, suscetível de aportar claras mais-valias relativamente à residência individual. Procura-se ainda, mediante o estudo dos fogos, dos sistemas de distribuição, das associações em módulos e da conformação do edifício, tornar esclarecidas e consistentes as opções tipológicas possíveis. Trata-se também de o fazer num contexto urbano, obrigando a estudar e a compreender os processos e elementos de formação dos tecidos urbanos e da definição das suas morfologias, explorando as vias pelas quais a realização de um programa habitacional substancial define, constitui, altera ou reconstrói novos tecidos urbanos. Deste modo, a integração das duas vertentes permite refletir e compreender a interdependência e a relação dialética entre a inserção urbana, a morfologia urbana e a tipologia edificatória habitacional.
Os exercícios previstos visam igualmente fazer avançar a experiência e as competências de projeto dos estudantes em três linhas fundamentais: em primeiro lugar na vastidão e complexidade dos problemas, com a introdução progressiva de condicionantes programáticas, urbanísticas e legais que interferem com os processos de definição da forma exercitados nos anos anteriores. Em segundo, nas dificuldades específicas e no potencial que o trabalho de articulação simultânea de escalas proporciona, desde a 1/1000 à 1/2, isto é, verificando as interdependências e recíprocos estímulos entre a dimensão urbana e o desenho global, ou mesmo de pormenor, dos edifícios. Em terceiro, não menos importante, ao tratar intensamente os aspetos construtivos, quer na sua lógica geral quer na sabedoria do detalhe, os estudantes têm oportunidade de perceber que estes terão de materializar de modo rigoroso a forma-construção pretendida, constituindo, mais que um mero acrescento de informação, parte essencial do trabalho da definição da forma-expressão da arquitetura, constituindo uma oportunidade de síntese entre linguagem e construção, com implicações e com repercussão nas escalas maiores e em todo o resultado final.
O quadro geral destes exercícios é relativamente conservador. Entende-se que a abordagem do tema da habitação plurifamiliar e a fase da aprendizagem da disciplina em que se encontram os estudantes, justifica mais uma experiência de 'qualificação-do-corrente', do que a experimentação da excecionalidade ou o exercício da especulação programática, funcional ou formal —sem com isto as desdenhar—, antes com a consciência de que nele todos os estudantes podem, sem limitação de grau de qualidade ou profundidade, ganhar forças para outras exigências.
A partir deste ano, será experimentado, em simultaneo e em paralelo ao programa apontado, uma componente Laboratorial, elegendo, anualmente, um sub tema particular do universo da habitação plurifamiliar. Para o ano de 2018-19 será o de "habitar no piso térreo" explorando as suas potencialidades e limitações.
Presente que “projectar é compreender, não é imaginar” (Álvaro Siza); que “projectar é um meio de fomentar relações entre objetos e pessoas” (Christopher Jones), um projecto-de-arquitectura reside na viagem e no recolhimento de um aprender-conhecer para transformar a realidade que o provoca, que o informa, que o desperta, que o move.
Incêndio, clarão, cinza; em movimento, em repouso, um projecto-de-arquitectura:
Presente a condição e o sentido de estação–movimento e acontecimento em que evolui a intersecção ‘problemática arquitectural | acto arquitectónico’ –, são objectivos:
“O que é a arquitectura? A infinita repetição da pergunta!” No movimento da interrogativa, a sua oportunidade, a sua pertinência e a sua simplicidade residem, pois, no trânsito entre o intuir e o fazer; na leveza e na hospitalidade de cada processo de síntese – ideia / expressão formal-material. “O que é a arquitectura?” Talvez ciência, talvez natureza, talvez técnica, talvez arte, talvez processo ou talvez tão só expectativa de sondar, experimentar, determinar, evolucionar gesto e jogo que traduzem, geram, intencionam casa e construção: lugar, forma, material, experiência, artifício.
Assim, na duração do ano lectivo, na rede das coordenadas e temas do programa, teoria e prática tomam representação, texto, edifício e imagem como objectos para conhecer, pensar, estudar (es)forçando à formação de despertadores teóricos e armação crítica de projecto – expressão de conhecimento assimilado / de saber elaborado pelo aluno, na sua aprendizagem e experiência de estudo da arquitectura.
A disciplina de Urbanística 1 propõe uma reflexão acerca dos significados inerentes aos contextos e processos de conformação e evolução da cidade e dos territórios da urbanização, observando os resultados dos diversos modelos, formas e escalas de actuação, no quadro dos respectivos agentes e pressupostos técnicos e operativos.
A compreensão da (intervenção na) cidade e território pressupõe naturalmente uma abordagem interdisciplinar e a correcta interpretação das relações entre as práticas urbanísticas e as estruturas físicas, sociais, económicas e políticas, as suas regras e características intrínsecas, identificando os factores de permanência e as dinâmicas de modificação inerentes aos próprios factos e processos a reconhecer.
Procura-se uma percepção objectivada e coerente dos fenómenos urbanos como resultantes e/ou determinantes da interacção entre programas, planos e projectos (de espaços públicos, de infra-estruturas e de arquitectura), das suas formas de concreção, articulação e gestão, sobretudo com a generalização das acções de planeamento urbano e territorial agregadores de diversas áreas de conhecimento científico.
Verifica-se hoje, entre os estudantes, uma notória dificuldade em identificar, observar, anotar e reter, com rapidez e eficiência, muitos dos factos e formas estruturantes na composição de uma obra arquitectónica. De modo a complementar a percepção fugaz potenciada pela celeridade dos meios de difusão de imagens arquitectónicas correntes na internet, perdendo-se o processo lento de apreensão e o hábito de “estudo de projecto”, interessa, enquanto objectivo pedagógico, fomentar a capacidade de concentrar o olhar sobre os factos relevantes de uma imagem, de um desenho ou de um comentário, com acuidade e eficácia. Consequentemente, o objectivo da UC é ajudar a criar e desenvolver a capacidade de observar, destacar e compreender (e representar, pelo desenho rápido), os significantes arquitectónicos essenciais à análise de projecto.
Pretende-se que o aluno adquira competências técnicas e expressivas nos domínios do desenho da figura humana e da representação do espaço.
Pretende-se promover percursos de pesquisa pessoais que assegurem a prática do desenho enquanto relação dialógica e estruturante da imaginação e do pensamento.
O objectivo das disciplinas de Geometria Construtiva consiste na investigação do papel da geometria nos processos generativos e construtivos em arquitectura, explorando a sua relação com as tecnologias digitais emergentes. Complementando os conhecimentos adquiridos em Geometria do 1º ano, a unidade curricular do primeiro semestre de Geometria Construtiva 1 (GC-1) introduz a investigação de novos temas com forte implicação no desenho e na caracterização do espaço arquitectónico.
O desenvolvimento do programa de GC-1 é realizado através da exploração prática do uso do computador, entendido simultaneamente enquanto meio de:
- representação geométrica (desenho e modelação);
- cálculo e computação geométrica (desenho paramétrico e algorítmico);
- materialização física (fabrico digital).
Verifica-se hoje, entre os estudantes, uma notória dificuldade em identificar, observar, anotar e reter, com rapidez e eficiência, muitos dos factos e formas estruturantes na composição de uma obra arquitectónica. De modo a complementar a percepção fugaz potenciada pela celeridade dos meios de difusão de imagens arquitectónicas correntes na internet, perdendo-se o processo lento de apreensão e o hábito de “estudo de projecto”, interessa, enquanto objectivo pedagógico, fomentar a capacidade de concentrar o olhar sobre os factos relevantes de uma imagem, de um desenho ou de um comentário, com acuidade e eficácia.
Consequentemente, o objectivo da UC é ajudar a criar e desenvolver a capacidade de observar, destacar e compreender (e representar, pelo desenho rápido), os significantes arquitectónicos essenciais à análise de projecto.
O objectivo da unidade curricular de CAAD II no 2º Semestre (1ºCiclo) é o de aprofundar o desenvolvimento de bases teórico-práticas no universo dos programas informáticos de síntese de Imagem, Fotografia e Design Gráfico aplicados à Comunicação e Representação de Projecto de Arquitectura (PA), iniciada em CAAD I. É introduzida uma componente de fotografia, articulada com a componente de fotomontagem e concepção produção de um fotolivro.
Objectivos
É objectivo da Disciplina a consolidação metodológica dos processos de projecto. Entende-se que tal consolidação se deverá fazer e verificar em exercícios de complexidade variável, assumindo como dominante o tratamento e desenvolvimento de uma solução para um Tema que, implicando um trabalho de síntese arquitectónica nas suas componentes programáticas, contextuais, funcionais, construtivas e formais, permita ao aluno o aprofundamento dos conhecimentos indispensáveis à formalização de uma resposta projectual.
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
1 Abordagem teórico-prática ao Espaço Público como entidade arquitectónica em que comparecem todos os tipos de construções, Infra-estruturas urbanas e formas naturais.
2. Enquadramento da Arquitectura do Espaço Público na História das formas significantes, socialmente inclusivas e sustentáveis.
3. Investigação experimental e elaboração própria praticadas com instrumentos e métodos disciplinares da arquitetctura (desenho manual /computador e modelo, sujeitos a medida, geometria e meios de construção); fotografia, bibliografia e outra iconografia correctamente licalizados e creditados.
4. Escolha de argumentos críticos para arquitectura do Espaço Público suportados pelo caso experimental desenvolvido.
5. O Caso de estudo será escolhido entre propostas apresentados pelo professor, como trabalho individual e/ou com a constituição de grupos.
A Unidade Curricular procurará sistematizar as afinidades em torno da arquitectura e do cinema. Será explorada a forma como o espaço arquitectónico e urbano, real ou encenado, é um elemento constituinte do cinema, assim como serão analisadas as múltiplas dimensões em que o cinema pode ser encarado como uma ferramenta no processo criativo, na percepção e na disseminação da arquitectura.
Será estudada a forma como as imagens em movimento têm a capacidade de criar um ‘sentido de lugar’, fenómeno relacionado não apenas com a realidade física dos espaços filmados, mas igualmente com a ligação vivencial que o espectador estabelece com a luz, o som, a mise-en-scène ou estrutura narrativa. O cinema representa os espaços arquitectónicos como lugares ‘habitados’, estimulando, assim, um debate intenso em torno da arquitectura e da vida urbana.É objectivo geral desta unidade curricular aprofundar o conhecimento em Arquitectura na sua dimensão técnica e formal diretamente relacionada com as condições climatéricas e a proteção do espaço habitável no âmbito do desenvolvimento sustentável. A partir de princípios teóricos elementares sobre clima, energia e conforto térmico – colocados em perspetiva histórica e contemporânea - procura-se a compreensão de soluções construtivas integradas e exemplares, dando abertura a uma reflexão crítica sobre a prática projetual na sua firme e profunda relação com o lugar.
Os objectivos gerais da disciplina são os de (1) desenvolver bases teóricas e práticas sobre a aplicação da fotografia como instrumento e suporte para a comunicação e representação da Arquitectura, Cidade e Território e (2) despertar a consciência dos alunos para o estudo e a aplicação de métodos de investigação qualitativos e quantitativos sobre o espaço público e sua representação e comunicação.
Num primeiro tempo os alunos são levados a analisar, questionar e problematizar o espaço público e a sua arquitectura, explorando o potencial da fotografia e da acessibilidade e interactividade na Internet para a comunicação e percepção desse espaço e das suas vivências. No fim do semestre, os alunos tomam conhecimento da existência de diversos métodos de investigação quantitativos e qualitativos que podem ser utilizados para aprofundar, mais tarde, o estudo realizado nesta disciplina.
O intuito é o de criar um portfolio na Web, constituído por imagens e texto,
que dê suporte a um conjunto de ideias capazes de formular uma posição, argumento ou história sobre uma determinada problemática do espaço que está a ser estudado.
Este portfolio pode ser utilizado, posteriormente, como base para um trabalho de conclusão do segundo ciclo do curso cujo tema deverá ser relacionado com Fotografia e Media digitais aplicados à investigação do espaço público. O trabalho de investigação individual do aluno terá, preferencialmente e sem prejuízo de outras orientações, o acompanhamento dos docentes responsáveis da disciplina de CFM.
A unidade curricular pretende aproximar os alunos a três tipos de princípios estruturais - estática, materiais e construção - que estiveram na génese conceptual das obras de referência de engenheiros do passado.
Do ponto de vista da estática, o objectivo consiste em desenvolver uma compreensão intuitiva e holística da relação entre forma e estrutura a partir de métodos gráficos e modelos físicos. A partir do mais simples comportamento estrutural, arco (compressão) e cabo (tracção), os alunos serão capazes de visualizar, qualificar e questionar o comportamento de qualquer estrutura.
Os alunos deverão explorar a especificidade estrutural de cada material - por exemplo, a pedra só funciona à compressão e o aço funciona tanto à compressão como à tracção – mas também o campo comum em que estes podem trabalhar em conjunto. Cada material tem uma origem, um funcionamento estrutural e uma memória que estão profundamente ligadas à evolução tecnológica e ao saber-fazer que importa conservar e reinterpretar.
Os alunos deverão ainda compreender como os processos de produção, assemblagem, transporte e processos de construção influenciaram e estiveram na génese de novas soluções. A resposta a restrições, o como ultrapassar dificuldades impostas pela realidade e o desafio do status quo foram essenciais para definir novas soluções, como pontes e coberturas de grandes vãos.
A unidade curricular optativa “Desígnios e Formas do Espaço Público na Cidade Contemporânea”pretende abordar o espaço público enquanto componente fundamental nos diferentes tempos da história da cidade, tendo em conta as suas múltiplas dimensões e procurando compreender, interligar os desígnios e as formas passadas e presentes do espaço público. Visa-se promover uma reflexão alargada sobre a condição contemporânea do projeto do espaço público, bem como das estratégias e ferramentas de projeto que o arquitecto tem ao seu dispor para intervir e construir a cidade contemporânea.
A disciplina de Economia Urbana pretende introduzir uma abordagem teórica de alguns temas recorrentes da análise urbana numa perspectiva que permita enquadrar as condicionantes colocadas pela estrutura económica da sociedade à intervenção na cidade e as questões que derivam da interacção do sistema urbano com o sistema económico.
O desenvolvimento dos temas escolhidos será subordinado à óptica proposta pela teoria económica, utilizando conceitos disciplinares que permitam definir as categorias económicas que se pretendem identificar como elementos de caracterização do processo de transformação urbana na sociedade contemporânea.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
A presente unidade curricular tem como objectivo criar um campo de discussão teórica em torno das questões relacionadas com a intervenção arquitectónica em contexto arqueológico, abordando metodologias de análise e instrumentos de intervenção, bem como experiências de trabalho realizadas por equipas transdisciplinares.
É igualmente objectivo da disciplina potenciar a formação de grupos de reflexão teórica e/ou elaboração de projectos de intervenção na área referida, nomeadamente para desenvolvimento de Teses de Mestrado Integrado na FAUP, em articulação com outras instituições de ensino e com o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU-FAUP); reforçando a colaboração com parceiros internacionais, ao nível das vertentes da investigação e da transferência de conhecimento.
Conhecer e perceber os principais conceitos de ordenamento e desenho do espaço exterior e da paisagem, a várias escalas, correntemente explorados na área disciplinar de Arquitetura Paisagista.
Especial atenção é dada a intervenções resultantes de planos, projetos e obras que seguem abordagens sistémicas, holísticas e inclusivas.
Pretende-se ainda debater temáticas contemporâneas do desenho e sustentabilidade do espaço urbano bem como a crítica de projeto.
Objecto:
Processo, projecto e obra pública de infraestruturação do território – Porto e “Grande Porto”.
Enquadramento/Objectivos:
Através da presente unidade curricular espera-se poder aprofundar um campo de reflexão teórica sobre a relação processo/projecto/obra pública na equação urbanização/ infraestruturação, em Portugal. Conjugando território, urbanização, urbanidade e memória, pretende abordar a premência da reponderação das estratégias para o espaço da cidade e do território que com ela se relaciona, sublinhando a premência da equação das redes da invisibilidade, mais concretamente as redes infra-estruturantes artificiais e naturais, na medida do seu potencial para criar condições reais para um desenvolvimento e ordenamento mais inclusivo, sustentado, de progresso, esbatendo as fronteiras/barreiras típicas do zonamento e das divisões administrativas.
Decorrendo da constatação de uma necessidade objectiva de contribuir para a fixação e salvaguarda da memória colectiva (na dialéctica entre materialidade e imaterialidade), a propósito da formação e consolidação dos sistemas e das redes de infraestruturação pública em Portugal, incidindo sobre o período de entre séculos XIX/XX, partindo do caso específico da cidade do Porto e do território denominado de “Grande Porto”, esta U.C. julga poder enriquecer essa mesma memória tanto pela informação e interpretação do património documental como dos estudos que possam resultar do exercício académico na sua vertente curricular.
Pretende-se ampliar e difundir o conhecimento científico actual e, conjugando-o com as dinâmicas e práticas pedagógicas e didácticas próprias de um ciclo final de um mestrado integrado, contribuir para a constituição uma linha integrada de estudos interdisciplinares. Apostando em práticas colaborativas nas esferas curricular e de investigação, disponibilizar-se-á também um conjunto de aulas abertas à comunidade académica. Observando a actual oferta formativa no contexto da FAUP e da UP, considerando como valor acrescentado a construção de conhecimento específico num registo interdisciplinar, espera-se enriquecer os currículos dos estudantes, possibilitando-lhes, por opção, o desenvolvimento de estudos especializados no plano dos últimos dois anos do MIARQ. Mostrando-lhes possíveis caminhos conducentes à elaboração dos seus processos de dissertação ou projecto final, abrindo-lhes perspectivas na área disciplinar da Arquitectura e das transversalidades com áreas que lhe são afim, julga-se contribuir para os motivar para a frequência de cursos de 3º ciclo ou para a carreira de investigação.
Por último, é objectivo desta U.C. ajudar à compreensão da situação contemporânea, a propósito do estudo, entendimento, problematização e interpretação do processo, projecto e obra pública de infra-estruturação em Portugal.
1. Promover, experimentar e desenvolver o conhecimento teórico-prático da metodologia BIM – building information modelling compreendendo os conceitos basilares da mesma, na realização do Projeto de Arquitectura entendida como um processo para a inovação, investigação, gestão e construção da Arquitectura.
2. Promover a investigação da Arquitectura através da elaboração e prática do projeto, simulando um contexto real de prática colaborativa e pluridisciplinar.
3. Reunir o conhecimento sobre a aplicação da metodologia BIM no contexto internacional nas diversas áreas da AEC (arquitectura, engenharia e construção) analisando experiências em contexto empresarial bem como casos práticos reais e avaliação das vantagens e desvantagens da aplicação da metodologia na produção de uma ideia de Arquitectura.
4. Nesta unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de utilizar as ferramentas ao seu dispor (livre escolha de softwares e métodos de investigação) de modo a aplicar a metodologia BIM no desenvolvimento de um trabalho prático de projeto a realizar pelo aluno e num estudo de caso aplicado a uma construção existente.
1 Abordagem teórico-prática ao Espaço Público como entidade arquitectónica em que comparecem todos os tipos de construções, Infra-estruturas urbanas e formas naturais.
2. Enquadramento da Arquitectura do Espaço Público na História das formas significantes, socialmente inclusivas e sustentáveis.
3. Investigação experimental e elaboração própria praticadas com instrumentos e métodos disciplinares da arquitetctura (desenho manual /computador e modelo, sujeitos a medida, geometria e meios de construção); fotografia, bibliografia e outra iconografia correctamente licalizados e creditados.
4. Escolha de argumentos críticos para arquitectura do Espaço Público suportados pelo caso experimental desenvolvido.
5. O Caso de estudo será escolhido entre propostas apresentados pelo professor, como trabalho individual e/ou com a constituição de grupos.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
Pretende-se estimular o estudante para a compreensão dos mecanismos da produção de solo urbano nos seus aspectos técnicos, próprios do domínio conceptual do planeamento e para as diversas dimensões do debate teórico actualmente em desenvolvimento nos principais espaços de debate disciplinar.
Será dada especial atenção à relação entre instrumentos de planeamento e construção de consensos necessários para a sua implementação, tendo como referência a realidade portuguesa e procurando aferir a questão disciplinar aos meios jurídicos e materiais inerentes ao processo de planeamento.
Por fim será introduzida a questão da decisão enquanto capacidade de definir objectivos, enquadrar incertezas, estabelecer consensos e identificar formas urbanas.
Nos termos do artigo 20.º n.º 1 alínea b) do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, a estrutura do “ciclo de estudos conducente ao grau de mestre integra uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projecto, originais e especialmente realizados para este fim, (…) consoante os objectivos específicos visados, nos termos que sejam fixados pelas respectivas normas regulamentares (…).”
A Unidade Curricular Dissertação integra dois espaços curriculares complementares: 1) a Orientação, conducente a elaboração e entrega de Dissertação, desenvolvida entre o Orientador e o Estudante, e 2) um tempo curricular autónomo, constituído como tempo colectivo sistemático, paralelo (e complementar) ao trabalho específico de orientação individual.
Este tempo curricular autónomo designado simultaneamente Unidade Curricular Dissertação, tem como objectivos apoiar a estruturação de um plano de trabalho de investigação bem como a definição da respectiva orientação, no sentido do seu desenvolvimento conducente à elaboração de uma dissertação de natureza científica. A abordagem da Unidade Curricular é feita de modo transversal e abrangente, cabendo, paralelamente, ao Orientador a condução efectiva e específica da investigação de cada estudante.
A elaboração do Plano e o desenvolvimento da Dissertação enquanto trabalho de investigação deve envolver a análise de situações novas, a recolha de informação pertinente, o desenvolvimento e selecção ou concepção da abordagem metodológica e dos instrumentos de resolução do problema proposto, a sua resolução, o exercício de síntese e elaboração de conclusões.
A dissertação elaborada pelo estudante é sujeita a apresentação pública e a discussão dos resultados alcançados perante um júri especificamente nomeado para o efeito, pela Comissão Científica do MIArq.
Dando continuidade ao programa, conteúdos e metodologia de ensino subjacentes à unidade curricular desenvolvida pelo Professor Manuel Fernandes de Sá, pretende-se promover um processo pedagógico que origine uma reflexão profunda sobre o território, a cidade, o objecto ou o conjunto arquitectónico considerando as respectivas interacções, de forma a proporcionar ao futuro arquitecto a capacidade de intervir num ambiente em transformação, pleno de diferenças e incertezas.
A unidade curricular Projecto 5 procura “proporcionar as condições que permitem o desenvolvimento de uma reflexão aprofundada sobre as questões da cidade e do território, discutindo métodos de abordagem e instrumentos de ordenamento; divulgando um raciocínio estratégico de intervenção; propondo formas de gestão da incerteza subjacente à intervenção na cidade; introduzindo a questão da pluridisciplinaridade e praticando o desenho da cidade e o controle da escala urbana” (Manuel Fernandes de Sá, 2003).
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
1 Abordagem teórico-prática ao Espaço Público como entidade arquitectónica em que comparecem todos os tipos de construções, Infra-estruturas urbanas e formas naturais.
2. Enquadramento da Arquitectura do Espaço Público na História das formas significantes, socialmente inclusivas e sustentáveis.
3. Investigação experimental e elaboração própria praticadas com instrumentos e métodos disciplinares da arquitetctura (desenho manual /computador e modelo, sujeitos a medida, geometria e meios de construção); fotografia, bibliografia e outra iconografia correctamente licalizados e creditados.
4. Escolha de argumentos críticos para arquitectura do Espaço Público suportados pelo caso experimental desenvolvido.
5. O Caso de estudo será escolhido entre propostas apresentados pelo professor, como trabalho individual e/ou com a constituição de grupos.
A Unidade Curricular procurará sistematizar as afinidades em torno da arquitectura e do cinema. Será explorada a forma como o espaço arquitectónico e urbano, real ou encenado, é um elemento constituinte do cinema, assim como serão analisadas as múltiplas dimensões em que o cinema pode ser encarado como uma ferramenta no processo criativo, na percepção e na disseminação da arquitectura.
Será estudada a forma como as imagens em movimento têm a capacidade de criar um ‘sentido de lugar’, fenómeno relacionado não apenas com a realidade física dos espaços filmados, mas igualmente com a ligação vivencial que o espectador estabelece com a luz, o som, a mise-en-scène ou estrutura narrativa. O cinema representa os espaços arquitectónicos como lugares ‘habitados’, estimulando, assim, um debate intenso em torno da arquitectura e da vida urbana.É objectivo geral desta unidade curricular aprofundar o conhecimento em Arquitectura na sua dimensão técnica e formal diretamente relacionada com as condições climatéricas e a proteção do espaço habitável no âmbito do desenvolvimento sustentável. A partir de princípios teóricos elementares sobre clima, energia e conforto térmico – colocados em perspetiva histórica e contemporânea - procura-se a compreensão de soluções construtivas integradas e exemplares, dando abertura a uma reflexão crítica sobre a prática projetual na sua firme e profunda relação com o lugar.
Os objectivos gerais da disciplina são os de (1) desenvolver bases teóricas e práticas sobre a aplicação da fotografia como instrumento e suporte para a comunicação e representação da Arquitectura, Cidade e Território e (2) despertar a consciência dos alunos para o estudo e a aplicação de métodos de investigação qualitativos e quantitativos sobre o espaço público e sua representação e comunicação.
Num primeiro tempo os alunos são levados a analisar, questionar e problematizar o espaço público e a sua arquitectura, explorando o potencial da fotografia e da acessibilidade e interactividade na Internet para a comunicação e percepção desse espaço e das suas vivências. No fim do semestre, os alunos tomam conhecimento da existência de diversos métodos de investigação quantitativos e qualitativos que podem ser utilizados para aprofundar, mais tarde, o estudo realizado nesta disciplina.
O intuito é o de criar um portfolio na Web, constituído por imagens e texto,
que dê suporte a um conjunto de ideias capazes de formular uma posição, argumento ou história sobre uma determinada problemática do espaço que está a ser estudado.
Este portfolio pode ser utilizado, posteriormente, como base para um trabalho de conclusão do segundo ciclo do curso cujo tema deverá ser relacionado com Fotografia e Media digitais aplicados à investigação do espaço público. O trabalho de investigação individual do aluno terá, preferencialmente e sem prejuízo de outras orientações, o acompanhamento dos docentes responsáveis da disciplina de CFM.
A unidade curricular pretende aproximar os alunos a três tipos de princípios estruturais - estática, materiais e construção - que estiveram na génese conceptual das obras de referência de engenheiros do passado.
Do ponto de vista da estática, o objectivo consiste em desenvolver uma compreensão intuitiva e holística da relação entre forma e estrutura a partir de métodos gráficos e modelos físicos. A partir do mais simples comportamento estrutural, arco (compressão) e cabo (tracção), os alunos serão capazes de visualizar, qualificar e questionar o comportamento de qualquer estrutura.
Os alunos deverão explorar a especificidade estrutural de cada material - por exemplo, a pedra só funciona à compressão e o aço funciona tanto à compressão como à tracção – mas também o campo comum em que estes podem trabalhar em conjunto. Cada material tem uma origem, um funcionamento estrutural e uma memória que estão profundamente ligadas à evolução tecnológica e ao saber-fazer que importa conservar e reinterpretar.
Os alunos deverão ainda compreender como os processos de produção, assemblagem, transporte e processos de construção influenciaram e estiveram na génese de novas soluções. A resposta a restrições, o como ultrapassar dificuldades impostas pela realidade e o desafio do status quo foram essenciais para definir novas soluções, como pontes e coberturas de grandes vãos.
A unidade curricular optativa “Desígnios e Formas do Espaço Público na Cidade Contemporânea”pretende abordar o espaço público enquanto componente fundamental nos diferentes tempos da história da cidade, tendo em conta as suas múltiplas dimensões e procurando compreender, interligar os desígnios e as formas passadas e presentes do espaço público. Visa-se promover uma reflexão alargada sobre a condição contemporânea do projeto do espaço público, bem como das estratégias e ferramentas de projeto que o arquitecto tem ao seu dispor para intervir e construir a cidade contemporânea.
A disciplina de Economia Urbana pretende introduzir uma abordagem teórica de alguns temas recorrentes da análise urbana numa perspectiva que permita enquadrar as condicionantes colocadas pela estrutura económica da sociedade à intervenção na cidade e as questões que derivam da interacção do sistema urbano com o sistema económico.
O desenvolvimento dos temas escolhidos será subordinado à óptica proposta pela teoria económica, utilizando conceitos disciplinares que permitam definir as categorias económicas que se pretendem identificar como elementos de caracterização do processo de transformação urbana na sociedade contemporânea.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
A presente unidade curricular tem como objectivo criar um campo de discussão teórica em torno das questões relacionadas com a intervenção arquitectónica em contexto arqueológico, abordando metodologias de análise e instrumentos de intervenção, bem como experiências de trabalho realizadas por equipas transdisciplinares.
É igualmente objectivo da disciplina potenciar a formação de grupos de reflexão teórica e/ou elaboração de projectos de intervenção na área referida, nomeadamente para desenvolvimento de Teses de Mestrado Integrado na FAUP, em articulação com outras instituições de ensino e com o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU-FAUP); reforçando a colaboração com parceiros internacionais, ao nível das vertentes da investigação e da transferência de conhecimento.
Conhecer e perceber os principais conceitos de ordenamento e desenho do espaço exterior e da paisagem, a várias escalas, correntemente explorados na área disciplinar de Arquitetura Paisagista.
Especial atenção é dada a intervenções resultantes de planos, projetos e obras que seguem abordagens sistémicas, holísticas e inclusivas.
Pretende-se ainda debater temáticas contemporâneas do desenho e sustentabilidade do espaço urbano bem como a crítica de projeto.
Objecto:
Processo, projecto e obra pública de infraestruturação do território – Porto e “Grande Porto”.
Enquadramento/Objectivos:
Através da presente unidade curricular espera-se poder aprofundar um campo de reflexão teórica sobre a relação processo/projecto/obra pública na equação urbanização/ infraestruturação, em Portugal. Conjugando território, urbanização, urbanidade e memória, pretende abordar a premência da reponderação das estratégias para o espaço da cidade e do território que com ela se relaciona, sublinhando a premência da equação das redes da invisibilidade, mais concretamente as redes infra-estruturantes artificiais e naturais, na medida do seu potencial para criar condições reais para um desenvolvimento e ordenamento mais inclusivo, sustentado, de progresso, esbatendo as fronteiras/barreiras típicas do zonamento e das divisões administrativas.
Decorrendo da constatação de uma necessidade objectiva de contribuir para a fixação e salvaguarda da memória colectiva (na dialéctica entre materialidade e imaterialidade), a propósito da formação e consolidação dos sistemas e das redes de infraestruturação pública em Portugal, incidindo sobre o período de entre séculos XIX/XX, partindo do caso específico da cidade do Porto e do território denominado de “Grande Porto”, esta U.C. julga poder enriquecer essa mesma memória tanto pela informação e interpretação do património documental como dos estudos que possam resultar do exercício académico na sua vertente curricular.
Pretende-se ampliar e difundir o conhecimento científico actual e, conjugando-o com as dinâmicas e práticas pedagógicas e didácticas próprias de um ciclo final de um mestrado integrado, contribuir para a constituição uma linha integrada de estudos interdisciplinares. Apostando em práticas colaborativas nas esferas curricular e de investigação, disponibilizar-se-á também um conjunto de aulas abertas à comunidade académica. Observando a actual oferta formativa no contexto da FAUP e da UP, considerando como valor acrescentado a construção de conhecimento específico num registo interdisciplinar, espera-se enriquecer os currículos dos estudantes, possibilitando-lhes, por opção, o desenvolvimento de estudos especializados no plano dos últimos dois anos do MIARQ. Mostrando-lhes possíveis caminhos conducentes à elaboração dos seus processos de dissertação ou projecto final, abrindo-lhes perspectivas na área disciplinar da Arquitectura e das transversalidades com áreas que lhe são afim, julga-se contribuir para os motivar para a frequência de cursos de 3º ciclo ou para a carreira de investigação.
Por último, é objectivo desta U.C. ajudar à compreensão da situação contemporânea, a propósito do estudo, entendimento, problematização e interpretação do processo, projecto e obra pública de infra-estruturação em Portugal.
1. Promover, experimentar e desenvolver o conhecimento teórico-prático da metodologia BIM – building information modelling compreendendo os conceitos basilares da mesma, na realização do Projeto de Arquitectura entendida como um processo para a inovação, investigação, gestão e construção da Arquitectura.
2. Promover a investigação da Arquitectura através da elaboração e prática do projeto, simulando um contexto real de prática colaborativa e pluridisciplinar.
3. Reunir o conhecimento sobre a aplicação da metodologia BIM no contexto internacional nas diversas áreas da AEC (arquitectura, engenharia e construção) analisando experiências em contexto empresarial bem como casos práticos reais e avaliação das vantagens e desvantagens da aplicação da metodologia na produção de uma ideia de Arquitectura.
4. Nesta unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de utilizar as ferramentas ao seu dispor (livre escolha de softwares e métodos de investigação) de modo a aplicar a metodologia BIM no desenvolvimento de um trabalho prático de projeto a realizar pelo aluno e num estudo de caso aplicado a uma construção existente.
- identificar padrões dominantes de urbanização, avançando com hipóteses explicativas dos processos que lhes deram origem;
- identificar factores de mudança e actores considerados estruturantes para a compreensão dos processos e para o desenho de estratégias de intervenção e regulação urbanísticas.
1 Abordagem teórico-prática ao Espaço Público como entidade arquitectónica em que comparecem todos os tipos de construções, Infra-estruturas urbanas e formas naturais.
2. Enquadramento da Arquitectura do Espaço Público na História das formas significantes, socialmente inclusivas e sustentáveis.
3. Investigação experimental e elaboração própria praticadas com instrumentos e métodos disciplinares da arquitetctura (desenho manual /computador e modelo, sujeitos a medida, geometria e meios de construção); fotografia, bibliografia e outra iconografia correctamente licalizados e creditados.
4. Escolha de argumentos críticos para arquitectura do Espaço Público suportados pelo caso experimental desenvolvido.
5. O Caso de estudo será escolhido entre propostas apresentados pelo professor, como trabalho individual e/ou com a constituição de grupos.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).