Metodologia do Desporto II -Treino Desportivo - Basquetebol
Ocorrência: 2025/2026 - 1S 
Ciclos de Estudo/Cursos
Docência - Responsabilidades
Língua de trabalho
Português
Objetivos
1. Aplicar e desenvolver os conhecimentos teórico-práticos adquiridos no âmbito do treino desportivo na modalidade de Basquetebol (parte I).
2. Adquirir competências para o exercício da função de treinador em contextos reais de treino e de competição em equipas de Basquetebol de formação e/ou rendimento (parte I).
3. Identificar e resolver os constrangimentos afetos à função e intervenção do treinador desportivo em contextos reais de prática.
4. Desenvolver a reflexão crítica dos problemas emergentes dos contextos reais de prática.
Resultados de aprendizagem e competências
Espera-se que os estudantes se tornem aptos a:
1. Planear, implementar, monitorizar e avaliar o processo de treino e de competição em Basquetebol.
2. Preparar uma progressão metodológica adequada aos diferentes conteúdos técnico-táticos defensivos e ofensivos.
3. Identificar e resolver os principais problemas inerentes à gestão do treino e da competição, recorrendo a estratégias flexíveis e adaptativas.
4. Otimizar capacidades no domínio da comunicação e de condução de equipas de Basquetebol.
5. Preparar uma planificação de médio‐longo prazo para a formação de jovens basquetebolistas.
6. Verter no espaço do relatório a organização sistematizada da atividade desenvolvida no estágio profissional e do relato criticamente sustentado das experiências de aprendizagens significativas na construção da sua identidade profissional.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
Aprovação na Unidade Curricular Metodologia do Desporto I - Treino Desportivo - Basquetebol.
Programa
A UC de Metodologia do Desporto II - Treino Desportivo – Basquetebol funciona num regime onde se privilegia o estágio profissionalizante, desenvolvido em centros de treino desportivo (CTD). Por CTD entende-se um núcleo de formação em exercício no âmbito específico do treino desportivo, onde se pretende que os estudantes sejam confrontados com os problemas suscitados pelo exercício profissional neste domínio e, consequentemente, sejam induzidos a empreender as tarefas necessárias à sua resolução, numa perspetiva tão abrangente, mas também tão específica, quanto o próprio sistema de preparação desportiva impõe. O programa das aulas e dos seminários temáticos é o seguinte:
1. Equipas multidisciplinares no treino desportivo em basquetebol.
2. Técnica individual defensiva:
2.1. Regras básicas defensivas.
2.2. Bloqueio e ressalto defensivo.
2.3. Determinantes técnicas na defesa dos bloqueios indiretos.
2.4. Determinantes técnicas na defesa dos bloqueios diretos.
3. Técnica individual ofensiva:
3.1. Revisão de conteúdos técnicos essenciais.
3.2. Determinantes técnicas na execução de bloqueios indiretos.
3.3. Determinantes técnicas na execução de bloqueios diretos.
3.4. Determinantes técnicas na execução de entregas da bola mão-a-mão.
4. Tática individual defensiva:
4.1. Defesa básica HxH.
4.2. Defesa dos bloqueios indiretos.
4.3. Defesa dos bloqueios diretos.
5. Tática individual ofensiva:
5.1. Reação ao 1x1 exterior e interior.
5.2. Reação ao passe interior.
5.3. Utilização dos bloqueios indiretos.
5.4. Utilização dos bloqueios diretos.
6. Observação e análise do jogo - scouting individual e coletivo (do adversário e da própria equipa).
7. Preparação física em basquetebol.
8. O dossier do treinador de basquetebol.
9. Introdução à investigação em basquetebol.
Bibliografia Obrigatória
FIBA. (2019); Physical Preparation of Professional 3x3 Athletes. Mies: FIBA.
FIBA-WABC. (2016); Basketball. Mies: FIBA-WABC.
FIBA-WABC. (2016); Coaches Manual Level 2. Mies: FIBA-WABC.
FPB. (2022); Orientações Técnicas Nacionais. Lisboa: FPB.
Krause, J. V., & Nelson, C. (2018); Basketball Skills & Drills (4th ed.). Champaign, IL: Human Kinetics.
Wooden, J. (1998); Practical Modern Basketball (3rd ed.). New York, NY: Benjamin Cummings.
Bibliografia Complementar
American Sport Education Program. (2006); Coaching Basketball Technical and Tactical Skills. Champaign, IL: Human Kinetics.
Garchow, K., & Dickinson, A. (1992); Youth Basketball: A Complete Handbook. Traverse City, MI: Cooper Pub Group.
Oliver, D. (2004); Basketball on Paper: Rules and Tools for Performance Analysis. Sterling, VA. Brassey's, Inc.
Paye, B., & Paye, P. (2000); Youth Basketball Drills. Champaign, IL: Human Kinetics.
Prusak, K. (2005); Basketball Fun & Games: 50 Skill-Building Activities for Children. Champaign, IL: Human Kinetics.
Rose, L. (2004); The Basketball Handbook. Champaign, IL: Human Kinetics.
Taylor, B. (2016); Thinking Basketball. Scotts Valley, CA: CreateSpace.
Wootten, M., & Wootten, J. (2012); Coaching Basketball Successfully (3rd ed.). Champaign, IL: Human Kinetics.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Tendo como ponto de partida os objetivos apontados e que se consubstanciam na aquisição de aptidões e de competências para o exercício da função de treinador, as metodologias aplicadas são menos expositivas e mais interativas. Assim, concomitante às aulas teóricas e práticas de natureza mais convencional, projeta-se o recurso a distintas estratégias formativas que colocam o estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem:
- Sessões de reflexão e discussão individual e em grupo sobre as atividades desenvolvidas no âmbito do estágio profissionalizante.
- Reuniões com o docente responsável pelo CTD que estimulem a reflexão crítica dos problemas emergentes dos contextos reais de prática.
- Seminários temáticos orientados quer por docentes, quer por agentes desportivos com perfis de exceção em diferentes áreas de intervenção (treinadores, coordenadores, dirigentes, árbitros).
A intenção de preparar os estudantes para a futura profissão de treinador exige, ainda, o recurso a estratégias formativas que permitam a crescente autonomização, para a qual concorre o recurso ao questionamento, num perfilhar crescente de exigências, que se inicia pela confrontação dos saberes em sentido estrito, passando pela sua aplicação (demonstrar, exemplificar, prescrever) até chegar à resolução de problemas.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
| Designação |
Peso (%) |
| Trabalho de campo |
40,00 |
| Trabalho escrito |
60,00 |
| Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
| Designação |
Tempo (Horas) |
| Frequência das aulas |
120,00 |
| Realização de Estágio |
80,00 |
| Trabalho escrito |
40,00 |
| Trabalho de campo |
30,00 |
| Total: |
270,00 |
Obtenção de frequência
Os estudantes terão de comparecer a 75% das sessões formais de formação previstas: aulas teóricas, aulas práticas, seminários temáticos, sessões de reflexão e discussão sobre as atividades desenvolvidas no âmbito do estágio profissionalizante, e reuniões com o docente responsável pelo CTD.
Fórmula de cálculo da classificação final
O aproveitamento na UC é garantido pela obtenção de 10 valores (9.5 com arredondamento) na escala de 0 a 20, nas seguintes componentes de avaliação prescritas para os estudantes em regime de CTD:
a) Trabalho de campo:
- Intervenção no âmbito do planeamento, implementação e condução do treino (40%)
b) Trabalhos escritos:
- Plano anual de trabalho (15%)
- Dossier (25%)
- Relatório de estágio (20%)
Daqui que a classificação final (CF) resulte da seguinte fórmula:
CF = (nota do trabalho de campo × 0.40) + (nota do plano anual de trabalho × 0.15) + (nota do dossier × 0.25) + (nota do relatório de estágio × 0.20))
Melhoria de classificação
Não aplicável.