Desenvolvimento Motor

Código:

207

Sigla:

207

Ocorrência: 2012/2013 - 1S

Ativa?	Sim
Curso/CE Responsável:	Ciências do Desporto

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
LCD	200	Licenciatura em Ciências do Desporto (2011/2012)	2	-	5	60	135

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Objectivos e Competências
1º Desenvolver aptidões e competências que permitam aos estudantes formular, a partir de um enfoque desenvolvimentalista, problemas e soluções colocados pela sua prática pedagógica no contexto escolar, no treino desportivo e em clubes de saúde ou instituições de exigências diferenciadas no domínio desportivo-motor;
2º Adquirir conhecimentos aprofundados nos domínios do crescimento somático, maturação biológica e padrões motores básicos;
3º Identificar detalhadamente o quadro interactivo do crescimento somático e da maturação biológica na aquisição dos padrões básicos de movimento;
4º Conhecer os factores condicionadores da variação no crescimento somático, maturação biológica e performance desportivo-motora - o genético e o ambiental, bem como a identificação com a famosa polémica - genes versus envolvimento (nature versus nurture);
5º Interpretar adequadamente, a partir de posições diferenciadas, a categoria central de estudo das Ciências do Desporto - a performance desportivo-motora;
6º Conhecer o posicionamento antropológico para interpretar dados relevantes relacionados com aspectos do do DM, nomeadamente no que se refere ao posicionamento alométrico;
7º Adquirir competências para lidar com dados de natureza auxométrica e da maturação, bem como traçar perfis de natureza diversa, descrever e analisar padrões motores básicos, interpretar estatutos somatotipológicos e valores de composição corporal, avaliar a aptidão física normativa, referenciada a critérios e interpretar o fenómeno complexo da performance desportivo-motora.

Programa

As aulas estão divididas em dois grandes blocos interligados de aulas “teóricas” e aulas “práticas”.
O programa das aulas teóricas é o seguinte:

1. Conceitos fundamentais em Desenvolvimento Motor (DM) e o porquê do estudo da “coisa” desenvolvimentalista.
2. Um pouco de história e personagens marcantes no DM. Tendências de pesquisa
3. Principais delineamentos de pesquisa em DM e sua ilustração a partir de exemplos de investigação realizada em Portugal.
4. Crescimento somático I: curvas da distância e velocidade e posicionamento normativo e diferencial; modelização de curvas de diferentes segmentos corporais e sua aplicação ao desempenho motor; aspectos organizacionais do crescimento somático.
5. Desenvolvimento da composição corporal (CC): métodos de fraccionamento da CC, conceito de maturidade química, mudanças nos valores de diferentes compartimentos e tracking.
6. Desenvolvimento do tipo físico: conceito de somatótipo, quantificação e sua representação gráfica. Avaliação e valores do somatótipo de crianças e jovens.
7. Maturação biológica: conceito e sistemas de avaliação. Alinhamento de informação pela idade em que ocorre o pico de velocidade de crescimento e sua aplicação á interpretação do desempenho motor.
8. Efeitos da actividade física e exercício físico no crescimento somático e maturação biológica.
9. Desenvolvimento normativo da força muscular, performance motora e consumo máximo de O2.
10. Posicionamento alométrico para interpretar a performance desportivo-motora.
11. Factores genéticos “reguladores” do crescimento somático, maturação biológica e performance motora.
12. O atleta infanto-juvenil e a noção de prontidão desportivo-motora. Prontidão e treinabilidade.
13. Factores sócio-económicos, étnicos e climatéricos que regulam a variação no crescimento somático e maturação biológica.
14. Tendência secular no crescimento somático, maturação biológica e desempenho motor.
15. Avaliação da aptidão física: conceitos, estrutura operativa e tracking.
16. Coordenação motora e desenvolvimento neuro-motor. Conceitos, avaliação, mudanças normativas e diferenças interindividuais.
17. Actividade física. Conceito, avaliação e principal informação epidemiológica.
18. Estudos realizados em Portugal no Laboratório de Cineantropometria nos domínios do crescimento somático, maturação biológica e desempenho motor de crianças e jovens. Informação sobre pesquisa no atleta infanto-juvenil Português

O programa das aulas práticas é o seguinte:
1. Avaliação antropométrica com base em dimensões lineares (pregas, perímetros diâmetros e comprimentos) e de massa (peso). Índices antropométricos
2. Controlo da qualidade da informação. Introdução ao estudo da precisão das medidas antropométricas.
3. Métodos gráficos e transformação de dados. Análise de perfis: absoluto e relativo.
4. Tipologia morfológica - o somatótipo. Enquadramento conceptual e respectiva representação gráfica. Transformação dos dados para determinar os índices de dispersão.
5. Avaliação da composição corporal. Enquadramento conceptual e apresentação de diferentes métodos para a determinação da massa corporal.
6. Avaliação da Aptidão física. Avaliação normativa e criterial. Apresentação de diferentes baterias de testes associadas à saúde e ao rendimento desportivo.
7. Avaliação da Actividade física. Desenvolvimento e epidemiologia. Utilização de detectores de movimentos (pedómetros e acelerómetros) e questionários.
8. Construção de curvas de crescimento. As curvas da distância e da velocidade.
9. Previsão da estatura adulta. Apresentação de diferentes métodos (directos e indirectos).

Bibliografia Obrigatória

Malina Robert M.; Growth, maturation, and physical activity. ISBN: 0-87322-321-7
Gabbard Carl P.; Lifelong motor development. ISBN: 0-07-114268-1
Gallahue David L.; Understanding motor development. ISBN: 0-697-29487-0
Haywood KM (1993). Lifelong motor development. 2nd edition. Champaign: Human Kinetics
Armstrong N, van Mechellen W (eds). Paediatric Exercise Science and Medicine. Oxford: Oxford University Press

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Na componente teórica as aulas decorrem numa sala de aula convencional e recorre-se ao método expositivo com base na projecção de slides
As aulas práticas são realizadas no laboratório de Cineantropometria que está suficientemente equipado para responder, sem problemas de maior, às solicitações dos diferentes pontos da matéria de ensino, bem como dotar os estudantes de competências técnicas para a realização de estudos no seio da disciplina, ou em áreas que lhe são próximas.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Obtenção de frequência

A avaliação do nível de conhecimentos dos estudantes terá por base as normas em vigor na Universidade do Porto e as directrizes emanadas do Conselho Pedagógico da FADE-UP.
Em termos globais, e de acordo com as preferências individuais, é possível optar por:
• Exame final, realizado no fim do semestre, a que corresponderá toda a matéria leccionada e sumariada nas aulas teóricas e práticas;
• Sempre que possível procura-se fraccionar os exames (frequências): um realizado a meio do semestre e o outro no final do semestre.
Quer o exame final, quer as frequências constam de assuntos abordados nas aulas teóricas e práticas, e a cotação é de 12 e 8 valores, respectivamente. A nota mínima de acesso à segunda frequência é de 9,5 valores obtida na primeira frequência. A aprovação na disciplina é conseguida com uma média mínima de 9,5 valores nas duas frequências, ou a nota mínima de 9,5 valores em exame final.

Fórmula de cálculo da classificação final

A tarefa da componente prática tem uma valoração de 20% na nota final (NF). Daqui que a NF resulte da seguinte fórmula:
NF=(8*(nota do exame ou frequências)+2*(nota da tarefa prática))/10.

Provas e trabalhos especiais

Participação activa na realização e apresentação do trabalho de grupo que consta da apresentação e discussão de um artigo científico

Melhoria de classificação

A melhoria de nota decorre do cumprimento da legislação relativa à avaliação. Qualquer aluno que pretenda melhorar a sua nota poderá contar com o apoio dos docentes no sentido de optimizar os seus conhecimentos, sobretudo na redução das suas insuficiências em matérias onde tem mais dificuldade de entendimento e resolução de problemas.