Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Ocorrência: 2008/2009 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
— Fornecer as grandes linhas do Pensamento Contemporâneo.
— Adequar o Pensamento Contemporâneo às questões colocadas pelas Ciências do Desporto.
— Procurar simetrias e afinidades entre objectos e contextos dissemelhantes. Promover a importância dos estudos de fronteira.
— Encarar o Desporto numa perspectiva multivariável.
— Pensar o Desporto no contexto da corporalidade.
— Perceber a Estética como um argumento hipervisibilizador do corpo desportivo.
— Promover o encontro com uma das mais contemporâneas áreas de estudo do Desporto: a Estética do Desporto.
— Compreender a presença do Desporto na Arte.
— Reconhecer as artes aplicadas ao Desporto.
— Entender o Desporto na perspectiva de uma ecologia cultural do Corpo Humano. Contextualizar o Desporto a partir de outras práticas do corpo.
— Reflectir o lugar do Desporto na cultura contemporânea.
— Fornecer competências técnicas que permitam o confronto com problemas que surjam no âmbito da disciplina.
Programa
I) Pensamento e Fronteira
1. Uma perspectiva endógena: pensar de dentro para dentro. A visão tradicional
2. Uma perspectiva exógena: pensar de dentro para fora e de fora para dentro. O pensamento vertical e o pensamento horizontal
2.1 O inport-export de conhecimentos
2.2 O Pensamento Contemporâneo como estudo de fronteira
2.2.1 Evolução do conceito de fronteira
2.2.2 A fronteira e as Ciências do Desporto
2.2.2.1 Identidade e diversidade nas Ciências do Desporto
2.2.2.2 A legitimidade fragmentária das Ciências do Desporto
II) O Pensamento em Ciências do Desporto
A) Uma Abordagem Filosófica
1. A Filosofia do Desporto no âmbito das Ciências do Desporto
1.1 A emergência da Filosofia do Desporto
1.1.1 A obra de Huizinga "Homo Ludens"
1.1.2 O aparecimento do debate filosófico nos congressos, organizações e publicações de Educação Física
2. O método filosófico
2.1 Uma perspectiva analítica: crítica. A descriminação-separação das peças do puzzle realidade
2.2 Uma perspectiva sintética: especulativa. A amálgama da realidade. A realidade como construção
2.3 A simbiose das duas perspectivas
2.4 Referência a etapas fundamentais na construção do método filosófico e aos seus autores
3. Caracterização do pensamento filosófico no âmbito do Desporto
4. Questões éticas do Desporto
4.1 Superioridade e dominância no Desporto
4.1.1 Vitória e derrota
4.1.2 A competição desportiva
4.2 Discriminação no Desporto
4.3 Alienação e Desporto
4.4 Regras, sanções e árbitros: o Desporto e a distinção legalidade-moralidade
4.5 Responsabilidade e autoridade na filosofia do treino
5. Liberdade e finitude no Desporto
B) Uma Abordagem Estética
1. Enquadramento da Estética do Desporto nas Ciências do Desporto
2. A Estética e a Arte
3. Principais áreas de pesquisa da Estética
4. Um olhar retrospectivo sobre a História da Estética
5. Os sentidos objectivo e subjectivo da Estética
6. A díade atitude estética – qualidades estéticas
6.1 O sujeito e o objecto
6.2 Estéticas racionalistas (objectivistas) e estéticas do sentimento (subjectivistas)
7. O juízo estético e o juízo de gosto
7.1 Kant e a Crítica da faculdade do juízo
8. A experiência estética
9. Desporto, Arte, Estética – fronteiras (?) e espaços comuns
10. Perspectivas contemporâneas da Estética do Desporto
11. A experiência estética induzida pelo Desporto
11.1 Dimensões da experiência estética
12. Factores de influência na apreciação estética do Desporto
13. Categorias estéticas
III) Plástica e Pensamento do Corpo Contemporâneo
1. Um olhar retrospectivo sobre a História do Corpo
2. O corpo e a carne. Referência a Merleau-Ponty. O corpo como carne com identidade. O corpo em crise
3. O culto da superfície e a sociedade do espectáculo. A sociedade somatizada. O corpo como espectáculo
4. As indústrias da corporalidade
5. O contributo do movimento surrealista mundial para a reconfiguração da corporalidade
6. O corpo desportivo como corpo paradoxal: corpo centrípeto (de punição) e corpo centrífugo (de excitação)
IV) Novas Ecologias Corporais
1 Redefinição do par corpo-lugar
2. A reconfiguração dos espaços desportivos e do espaço do desporto. A reemergência natural. Do lugar do rendimento ao lugar da recreação
3 A performance como metáfora da relação corpo-lugar
4. Competição ou cooperação?
5 O radical e o virtual como polaridades desportivas futuras
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teóricas – desenvolvem-se principalmente sob a forma expositiva, com recurso a meios audiovisuais na procura de uma transmissão e apropriação mais eficazes dos conteúdos.
Aulas práticas – decorrem por turma, procuram uma participação mais activa dos alunos, desenvolvendo-se essencialmente sob a forma de trabalhos de grupo, a serem apresentados e discutidos nas aulas. Estas aulas pretendem ainda clarificar questões surgidas nas aulas teóricas, cujo esclarecimento e aprofundamento é facilitado pelo debate e reflexão.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Obtenção de frequência
Presença em pelo menos 75% das aulas leccionadas.
Realização com aproveitamento (nota mínima igual a 9.5 valores) das tarefas a desenvolver nas aulas práticas.
Têm dispensa de frequência de qualquer componente prática da disciplina os alunos que tiverem obtido, no ano transacto, avaliação prática positiva. Para os estudantes abrangidos por legislação relativa a regimens especiais de frequência será exigida a realização de prova /trabalho especial para comprovação dos conhecimentos e competências relacionados com os objectivos e conteúdos da disciplina.
Fórmula de cálculo da classificação final
0.75% nota do exame final + 0.25% média das notas dos trabalhos da prática.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Insere-se nas Normas Gerais de Avaliação da Faculdade.