Resumo: |
Este projecto é dedicado aos tabuleiros contínuos de pontes, construídos com vigas pré-fabricadas (tendo cada viga um comprimento sensivelmente igual ao vão) ligadas transversalmente por uma laje. Um tipo particular de tabuleiros pré-fabricados contínuos de pontes, que tem sido criticado pela comunidade técnica, vai ser estudado neste projecto: trata-se dos tabuleiros contínuos construídos com vigas pré-fabricadas, em que a armadura de continuidade para momentos flectores negativos é constituída por aço ordinário apenas, isto é, sem pré-esforço de continuidade. Esta solução tem sido utilizada nas LAVs de França e Espanha, para a construção de tabuleiros com vãos até cerca de 38m, porque a sua construção é mais simples, rápida e económica do que a construção dos tabuleiros em que a continuidade é estabelecida com recurso a armaduras de pré-esforço. As críticas a esta solução são motivadas pela ausência de pré-esforço para resistir aos momentos flectores negativos. A sua utilização em pontes ferroviárias causa ainda mais perplexidade a alguns autores, que temem que a ausência de pré-esforço na zona de momentos negativos possa conduzir a abertura de fendas com valores elevados e importantes reduções da rigidez estrutural. Apesar disso, não foi demonstrado que esta técnica construtiva conduz a um desempenho estrutural deficiente. A escassez de disposições normativas que regulamentem a concepção e o projecto das particularidades das estruturas pré-fabricadas tem também contribuído para a manutenção de dúvidas. Atendendo ao interesse das soluções de continuidade com armaduras ordinárias para a construção de tabuleiros de pontes de médio vão, urge dar resposta às dúvidas que se mantêm em relação ao seu desempenho. Este projecto foi também motivado pela necessidade de incrementar (particularmente em Portugal), o conhecimento em relação ao fenómeno da fadiga nos tabuleiros pré-fabricados contínuos, de pontes para LAVs. De facto, o fenómeno da fadiga só tem relev |
Resumo Este projecto é dedicado aos tabuleiros contínuos de pontes, construídos com vigas pré-fabricadas (tendo cada viga um comprimento sensivelmente igual ao vão) ligadas transversalmente por uma laje. Um tipo particular de tabuleiros pré-fabricados contínuos de pontes, que tem sido criticado pela comunidade técnica, vai ser estudado neste projecto: trata-se dos tabuleiros contínuos construídos com vigas pré-fabricadas, em que a armadura de continuidade para momentos flectores negativos é constituída por aço ordinário apenas, isto é, sem pré-esforço de continuidade. Esta solução tem sido utilizada nas LAVs de França e Espanha, para a construção de tabuleiros com vãos até cerca de 38m, porque a sua construção é mais simples, rápida e económica do que a construção dos tabuleiros em que a continuidade é estabelecida com recurso a armaduras de pré-esforço. As críticas a esta solução são motivadas pela ausência de pré-esforço para resistir aos momentos flectores negativos. A sua utilização em pontes ferroviárias causa ainda mais perplexidade a alguns autores, que temem que a ausência de pré-esforço na zona de momentos negativos possa conduzir a abertura de fendas com valores elevados e importantes reduções da rigidez estrutural. Apesar disso, não foi demonstrado que esta técnica construtiva conduz a um desempenho estrutural deficiente. A escassez de disposições normativas que regulamentem a concepção e o projecto das particularidades das estruturas pré-fabricadas tem também contribuído para a manutenção de dúvidas. Atendendo ao interesse das soluções de continuidade com armaduras ordinárias para a construção de tabuleiros de pontes de médio vão, urge dar resposta às dúvidas que se mantêm em relação ao seu desempenho. Este projecto foi também motivado pela necessidade de incrementar (particularmente em Portugal), o conhecimento em relação ao fenómeno da fadiga nos tabuleiros pré-fabricados contínuos, de pontes para LAVs. De facto, o fenómeno da fadiga só tem relevância, nas estruturas de betão, quando as acções variáveis ciclicamente aplicadas constituem uma percentagem elevada da carga total. Este fenómeno não tem, assim, que ser considerado explicitamente em grande parte das estruturas de betão, o que origina a falta de conhecimento em relação às implicações que o fenómeno da fadiga pode ter nos tabuleiros pré-fabricados de pontes para LAVs. Acresce o facto de as disposições regulamentares actuais não fornecerem procedimentos para o tratamento prático do problema da fadiga, em pontes com velocidade de circulação superior a 200 km/h. De facto, para tais velocidades, podem ocorrer situações de ressonância e, assim, a verificação da segurança em relação à fadiga tem que ser feita (em cada ponto da estrutura) através do cálculo do dano acumulado, para cada cenário de tráfego possível, o que poderá constituir uma tarefa muito demorada. Assim, pretende-se com o presente projecto, contribuir para clarificar o desempenho das obras em estudo, em relação ao fenómeno da fadiga. Para tal, serão analisadas exaustivamente várias obras, com o objectivo de identificar os pontos críticos onde tem (em cada projecto) que ser verificada a segurança em relação à fadiga. Além disso procurar-se-á encontrar um procedimento que possa ser utilizado, no meio técnico, para verificar a segurança em relação à fadiga. |