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A formação de professores do Ensino Superior em Portugal tem sido
predominantemente deixada a uma auto-formação construída na
base da experiência. No entanto, só existe auto-formação se cada
docente estiver disponível para desenvolver processos de reflexão
sobre o seu fazer-docente e para identificar o que está bem e o que
não está e, em função desse diagnóstico, delinear planos estratégicos
de actuação. Por outro lado, tem sido reconhecido que este processo
de auto-formação, mesmo que exista, não basta. Torna-se cada vez
mais necessária uma formação teórica dos docentes do Ensino
Superior, numa forte relação com a prática docente.
A par desta situação, no âmbito da implementação em Portugal do
processo de Bolonha, tem sido recorrentemente afirmada a
necessidade de mudança de um paradigma baseado no ensino para
um paradigma que se estruture em torno da aprendizagem. Bolonha
propõe assim como desafio que os docentes adquiram e desenvolvam
competências pedagógico-didácticas que lhes permitam, por um lado,
criar situações que envolvam os seus estudantes em processos de
aprendizagem e, por outro, comunicar e participar em redes de
interacção com outros docentes. É neste contexto que se situa o
presente projecto que tem como intenção gerar formas inovadoras de
organizar e desenvolver o ensino capazes de promover a excelência
na aprendizagem.
Tendo por referência a proposta de Philipe Perrenoud (1998) e a
nossa própria experiência como professores e/ou investigadores
desta Universidade, o projecto contempla como áreas de competência
prioritárias para os professores universitários a necessidade de
saberem 1) organizar e animar situações de aprendizagem,
contemplando as características do meio ambiente físico e a
configuração dos espaços em que se movem os estudantes
universitários; 2) gerir a progressão da aprendizagem dos
estudantes; 3) configurar a avaliação no quadro de um paradigma
que tem por meta a aprendizagem e não apenas o ensino, |
Summary
A formação de professores do Ensino Superior em Portugal tem sido
predominantemente deixada a uma auto-formação construída na
base da experiência. No entanto, só existe auto-formação se cada
docente estiver disponível para desenvolver processos de reflexão
sobre o seu fazer-docente e para identificar o que está bem e o que
não está e, em função desse diagnóstico, delinear planos estratégicos
de actuação. Por outro lado, tem sido reconhecido que este processo
de auto-formação, mesmo que exista, não basta. Torna-se cada vez
mais necessária uma formação teórica dos docentes do Ensino
Superior, numa forte relação com a prática docente.
A par desta situação, no âmbito da implementação em Portugal do
processo de Bolonha, tem sido recorrentemente afirmada a
necessidade de mudança de um paradigma baseado no ensino para
um paradigma que se estruture em torno da aprendizagem. Bolonha
propõe assim como desafio que os docentes adquiram e desenvolvam
competências pedagógico-didácticas que lhes permitam, por um lado,
criar situações que envolvam os seus estudantes em processos de
aprendizagem e, por outro, comunicar e participar em redes de
interacção com outros docentes. É neste contexto que se situa o
presente projecto que tem como intenção gerar formas inovadoras de
organizar e desenvolver o ensino capazes de promover a excelência
na aprendizagem.
Tendo por referência a proposta de Philipe Perrenoud (1998) e a
nossa própria experiência como professores e/ou investigadores
desta Universidade, o projecto contempla como áreas de competência
prioritárias para os professores universitários a necessidade de
saberem 1) organizar e animar situações de aprendizagem,
contemplando as características do meio ambiente físico e a
configuração dos espaços em que se movem os estudantes
universitários; 2) gerir a progressão da aprendizagem dos
estudantes; 3) configurar a avaliação no quadro de um paradigma
que tem por meta a aprendizagem e não apenas o ensino, ou seja,
desenvolver processos de avaliação numa óptica formativa e
formadora; 4) recorrer a esses dados de avaliação para conceber e
desenvolver dispositivos de diferenciação pedagógico-didáctica que
assegurem uma aprendizagem de qualidade a todos os estudantes;
4) implicar os estudantes na sua aprendizagem e em processos de
trabalho independente; 5) trabalhar em equipa de docentes de modo
a articular procedimentos; 6) utilizar novas tecnologias de ensinoaprendizagem;
7) gerir a sua própria formação contínua de modo a
com ela ultrapassar possíveis dificuldades e incorporar inovações |