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Livres como Livros

outubro de 2012 a dezembro de 2013

Dizem que está tudo nos livros. Nas linhas e nas entrelinhas. Por isso, cada leitor vai transportando consigo as reminiscências e intermitências dos livros que lê. Eles passam, inexoravelmente, a fazer parte de si. Muito difícil será escolher o livro da nossa vida. O eleito nunca é um só, até porque em várias fases da existência nos deparámos com algum livro que veio ao nosso encontro e fez caminho connosco. É, indiscutivelmente, pela leitura, pela literatura que vamos modelando a nossa vida, o carácter, a atitude; é com ela que vivemos experiências que nem a longevidade de Noé nos poderia proporcionar. Com os livros rimos, choramos, pensamos, aprendemos, comparamos e vamo-nos colocando no mundo que é o nosso de uma forma habitada, preenchida, com espessura relacional. Há livros que nos marcam mais do que outros, pelo momento em que nos surpreenderam, pela mensagem que nos passaram, pela especial conformação que neles encontrou a nossa sensibilidade. São esses os livros a que regressamos, não por serem clássicos e suportarem sempre inúmeras leituras, mas porque realmente nos interpelaram e dialogaram connosco em períodos diversos da nossa vida, deixando marcas dessa permanência: "Quantas asas tem um voo? E quantas leituras tem um livro olhado pelos mesmos olhos a diferentes horas de nós mesmos?"(J. Cardoso Pires). O presente programa estruturou-se a partir das sugestões de leitura de pessoas ligadas à cidade do Porto, sendo que um número considerável destas faz ou fez parte da UP, e pretende ser também mote para a formação de uma Comunidade de Leitores: uma experiência de cumplicidades tecidas a partir de livros antecipadamente divulgados. Partilhar impressões de leituras marcantes é acompanhar percursos do outro, é abrir-se cada um à formatação diversa da humanidade, é comunicar para perceber quem somos, na nossa relação com os outros, mediada pelos livros. É esse o desafio que se pretende nesta viagem pelos Livros da nossa Vida. Para que não se possa dizer que "homens são como lugares mal situados" (Daniel Faria). Isabel Pereira Leite e Isabel Morujão
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