Apresentação Pessoal
Acabou o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co (Lisboa) em 1995 e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art (Londres) em 1998, frequentando atualmente o programa doutoral em Arte Contemporânea do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Desde1997 expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro, tanto em espaços estabelecidos (Museu de Arte Moderna da Bahia, Spike Island, Bristol, The Courtauld Institute of Art, Londres, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Korjaamo Gallery, Helsínquia, Museu da Imagem, Braga, Museu Nogueira da Silva, Braga, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, Fábrica Asa, Guimarães Capital Europeia da Cultura) como em locais ditos não convencionais (escola primária, apartamento alugado, casa de banho pública, loja de discos, montra de um restaurante...).
Desde de 2015 que desenvolve um projeto de colaboração com o artista e arquiteto Daniel Moreira. Com Laking, que realizaram em 2015 a convite do espaço artístico finlandês Oksasenkatu 11, iniciam um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que refletem com o desenho, a fotografia e o vídeo, de forma instalada, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Entre as exposições individuais que realizaram desde 2015 destacam Laking and seaing no Museu da Imagem nos Encontros da Imagem de Braga (Braga, 2017), Ermida na Ermida de Santa Luzia em Alvito (junho 2019) e Órbitas no Consulado Português em São Paulo (com Guto Lacaz, curadoria de Isabella Lenzi, 2019). E das coletivas, Sem Imago Mundi, Antes um Desvio Aleatório no Planetário do Porto (curadoria de Eduarda Neves, 2018), Jardim Atlântico no Colégio das Artes (Coimbra, 2017) e no Paço Imperial do Rio de Janeiro (Brasil, 2018, apoio Programa Shuttle) e a Ci.CLO Bienal’19 de Fotografia do Porto (curadoria de Virgílio Ferreira, Jardins do Palácio de Cristal, 2019).
Das residências artísticas destacam a Residência Paulo Reis do Ateliê Fidalga em São Paulo (Sandra Cinto e Albano Afonso, agosto de 2017), no Camões – Centro Cultural Português de Maputo, Moçambique (julho 2018), na Inter.Meada em Alvito (maio 2018), na Montanha Mágica/UBI na Serra da Estrela (junho 2018), no Festival de Fotografia de Paranapiacaba (Brasil, agosto 2019) e no programa de residências Luz Linar (Feital, 2019-20). Em outubro de 2017 realizaram uma viagem de estudo ao Japão com uma bolsa da Fundação Oriente.
Partindo de uma formação e visão fotográficas, Rita Castro Neves tem desenvolvido projetos artísticos com suportes diversificados: da fotografia à fabricação de objetos, passando pelo vídeo, a live art, a instalação, bem como projetos site-specific. Desenvolve projetos de curadoria em artes plásticas e na área da Live Art, incluindo Amorph!98 em Helsínquia, Dia E Vento no Teatro do Campo Alegre, Porto, 2001, Brrr com o Teatro Nacional São João/ Teatro Carlos Alberto/ Porto 2001 Capital Europeia da Cultura, de 2006 a 2011 o festival anual de Artes Performativas Trama com a Fundação de Serralves, Porto, em 2012 o Sintoma nº 0 na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e em 2013 o Sintomas e Efeitos Secundários em colaboração com o Instituto de Investigação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto(InEd), numa co-curadoria com Fátima Lambert e Rita Xavier Monteiro. Atualmente é docente na na Faculdade de Belas Artes do Porto da Universidade do Porto. De 2005 a 2008 foi Coordenadora Pedagógica do Instituto Português de Fotografia, pólo do Porto. É membro colaborador do i2ADS Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto. Criou e coordena o grupo Sintoma. Performance. Investigação. Experimentação.
Artist Statement
As suas obras têm analisado alguns gestos do quotidiano, rotina e familiaridade numa tentativa de compreender e investigar uma visão mais interiorizada das nossas vidas. Em cenários realistas, personagens comuns fundem-se nas suas paisagens - interiores ou exteriores – assim se apropriando e re-construindo o seu surpreendente mundo exterior. Este realismo pormenorizado e minucioso – por vezes absurdo, outras político ou ainda emotivo – é também um realismo mágico. A suspensão da realidade permite construir um tempo entre o tempo, atento a um conceito de espaço mental - ponto de partida para uma nova percepção desta nossa realidade flutuante. A narratividade (as séries em fotografia, o tempo sequencial no vídeo e no som…) é muitas vezes quebrada e não-linear. O quotidiano torna-se aqui a fonte quer das emoções, quer da perspectivação - e crítica - das situações e estruturas de funcionamento da sociedade.
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